A crise da vez em Aurora é por suplementação orçamentária
O prefeito pediu uma suplementação de 22%
Madson Vagner
23/12/25 0:00

A crise entre Câmara e Prefeitura de Aurora só aumenta. Na última semana, dia 19, o prefeito Marcone Tavares (PT) foi às redes sociais reclamar da demora na apreciação do pedido de suplementação orçamentária pela Câmara. Marcone acusa o presidente Osasco Gonçalves (PT) de omissão, ressaltando que “suplementação é uma necessidade técnica, não um favor”. Marcone foi ao ataque, avaliando que Osasco deixa o “ego politiqueiro” falar mais alto que o espírito público, e garante: o município vai parar. A atitude de escancarar o problema pode dificultar ainda mais a aprovação. A avaliação da oposição é que a crise se repete. Em 2024, o prefeito pediu uma suplementação de 22%, recebeu 6% e a gestão não parou. Também nas redes sociais, Osasco disse que o prefeito quer mais R$ 14 milhões de remanejamento, para gastar em menos de 10 dias, e pior: sem justificativa. Na Câmara, a tendência é liberar apenas os recursos da folha. Os vereadores de oposição insistem em saber para onde vai o restante do dinheiro. Marcone promete continuar usando as redes.

Pedido de cassação

As dificuldades do PSB de Campos Sales com a Justiça Eleitoral continuam. Depois da cassação, em primeira instância, do prefeito Moésio Loiola (PSB), agora, o vereador Damião Oliveira (Damião de Carmelopolis) e o suplente Fernando Filho (Manon), ambos do PSB, entraram na mira da Justiça, após pedido de cassação do Ministério Público Eleitoral. Na manifestação, enviada à 38ª Zona Eleitoral, dia 17, o promotor Tadeu Furtado apontou indícios de “abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio” na eleição de 2024. O provável esquema de compra de votos motivou, ainda, pedido de inelegibilidade por oito anos. Damião está de licença e Manon exercendo mandato. A decisão teve como base uma denúncia da coligação do ex-prefeito João Luiz (PT).

Influência política

O prefeito de Nova Olinda, Leo Brito (PT), aproveitou a solenidade de abertura das comportas do Sifão Santana, dia 18, em Barbalha, para apresentar um projeto hídrico para o município. Nas mãos do secretário de Recursos Hídrico (SRH), Fernando Santana, o projeto deve chegar ao governador Elmano de Freitas. O prefeito defendeu a construção de uma barragem e uma Estação de Tratamento de Água (ETA) no município; e que o projeto do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), no Lote 04, última fase, seja finalizado em Nova Olinda, desaguando no Rio Cariús. Leo Brito ressaltou que a chegada das águas é a oportunidade para resolver problemas hídricos e potencializar a agricultura com um perímetro irrigado. Para Leo Brito, Nova Olinda não pode ser só uma passagem da Transposição.

Aprovação questionável

O deputado estadual Danniel Oliveira (MDB) esteve em Milagres, no dia 17, quando concedeu entrevista a uma rádio local, enaltecendo a gestão do prefeito Anderson Eugênio, o Derson (MDB). Danniel destacou, ainda, o desempenho do deputado Eunício Oliveira (MDB), na corrida ao Senado. Segundo pesquisa do Instituto Paraná, Eunício lidera a disputa em vários cenários apresentados. Até aí, tudo normal. O problema é que Danniel, para justificar a avaliação feita a Derson, falou de números de aprovação do governo municipal que, segundo ele, “beira os 90% de aprovação”. Sem citar a fonte da pesquisa, Danniel disse, apenas, que era pesquisa de bastidores. Segundo Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações é crime.

Enquanto isso

Ainda em Milagres, vale o registro de que a Resoluções do TSE, em síntese, prevêem que pesquisa falsa constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano. É claro, cada resolução vale por eleição.

As últimas resoluções, falam em multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00 para a infração. Resta saber se a oposição vai entrar com ação contra a fala do deputado, que, por não apresentar pesquisa, pode ser falsa.

Em Altaneira, um evento da Prefeitura foi palco de radicalismo. Ao comparecer no “Encantos de Natal”, a vereadora Ana Maria (PT) e seu esposo, Luiz Pedro, ex-secretário de Cultura, foram atacados nas redes sociais.

O detalhe: os ataques partiram de membros do próprio PT, partido de Ana Maria. A avaliação geral é de confusão entre ser adversário e inimigo. A bancada do PSB soltou nota de solidariedade. Ana Maria avalia sair do PT.

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