Ciro Gomes retorna dos Estados Umidos neste sábado, onde curtiu férias nos últimos 20 dias. Agora, de volta ao Ceará, assumirá de fato a presidência estadual do PSDB e trabalhará para viabilizar a sua candidatura a governador. Um dos novos problemas de Ciro Gomes é a desistência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de ser candidato ao Planalto. Por imposição do ex-presidente Jair Bolsonaro, o candidato para enfrentar Lula será o senador Flávio Bolsonaro. A consequência direta dessa escolha é a ameaça de Ciro perder o apoio da federação União Progressista. O presidente nacional, Ciro Nogueira, concedeu entrevista à CNN, nesta quarta, e pregou aviso: sem Tarcísio, a UPb pode liberar a federação nos estados. Essa certeza é tão grande, que Moses Rodrigues já fala como novo dono da UPb e trabalha para ser candidato ao Senado na chapa do governador Elmano. Com a perda da UPb, a candidatura de Ciro Gomes sofre uma ameaça real de naufragar, pois o PL havia desistido de apoiá-lo. Aí, nesse cenário conturbado, surge a inteligência e a articulação do senador Cid Gomes. Durante a votação do PL da Dosimetria, ao que parece, Cid e o senador Flávio Bolsonaro conversaram. O encontro deu certo: Cid Gomes e o PSB votaram pela aprovação da redução da pena de Jair Bolsonaro e dos condenados de 08 de janeiro. Não há prova, mas nos bastidores dessa votação no Senado, circulou que pelo apoio recebido, Flávio Bolsonaro iria retirar o veto e assim o PL voltaria a endossar à candidatura de Ciro Gomes. Difícil provar esse acordo. Entretanto, o presidente do PL-Ceará, André Fernandes, está otimista com a aliança com Ciro Gomes. Cid Gomes teria ajudado o irmão, mesmo estando brigados. O tempo responderá.