MPCE cobra plano de contingência da saúde à Prefeitura de Juazeiro
O secretario de saúde avaliou a reunião como ´positiva
Foto: Divulgação.
Regy Santos
17/12/25 9:00

Integrantes do Ministério Público do Ceará (MPCE), do Governo do Estado, da Prefeitura e vereadores de Juazeiro do Norte se reuniram, nesta terça-feira (16), para discutir a situação da saúde pública e as demandas hospitalares do município, buscando possíveis soluções para a problemática. A audiência foi conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça, sob coordenação da promotora Alessandra Magno. Um dos principais pontos debatidos foi o prazo estipulado pelo Ministério Público, para que a Prefeitura apresente um plano de contingência em caso de colapso do sistema de saúde no município. O Executivo tem dez dias para apresentar o documento.

O vereador Lukão, do PSDB, fez duras críticas à situação apresentada durante a audiência. Ele afirmou que a falta de comunicação entre os órgãos de saúde tem resultado em mortes de pacientes. “Hoje foi o dia de comprovar o que cada órgão vinha dizendo. O município acusava o Estado e o Estado jogava a responsabilidade para o município”, relatou.

Para o vereador, chamou atenção o fato de a Prefeitura de Juazeiro do Norte não ter apresentado um plano de contingência, ao contrário dos demais órgãos presentes. Diante disso, a promotora estipulou o prazo de dez dias para que o município apresente o documento. Outro ponto destacado foi a ausência de alternativas para Juazeiro do Norte, em casos de colapso hospitalar. Segundo o vereador, a promotora afirmou que todos os municípios possuem para onde encaminhar pacientes quando os hospitais falham, menos Juazeiro, o que, segundo ele, "é muito triste".

O secretário municipal de Saúde, Bendimar Júnior, representou o município na reunião e avaliou o encontro como produtivo. Para o secretário, o objetivo foi reunir os principais atores da rede de saúde, como Hospital Regional, Regulação do Estado, SAMU e Secretaria Municipal, para criar grupos de trabalho e alinhar responsabilidades. “Foi um momento importante para estreitar o diálogo, gerar encaminhamentos e antecipar soluções dentro dessa rede coletiva, onde cada instituição tem seu papel”, destacou.

Durante a reunião, foram apresentados números de atendimentos, internações, cirurgias e exames realizados pelo Hospital Regional, Hospital São Vicente e UPAs. Todos os dados, incluindo nomes e cartões do SUS, ficaram sob posse do Ministério Público, que fará uma análise detalhada para verificar a veracidade das informações.

As informações levantadas também devem embasar os trabalhos da recém-instalada CPI da Saúde na Câmara Municipal. Segundo Lukão, os mesmos representantes presentes na audiência serão convocados. “O que foi mostrado hoje foi uma vergonha. Pessoas perdidas, sem planejamento, enquanto vidas estão sendo perdidas”, concluiu.

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