O deputado federal José Guimarães (PT), pré-candidato a senador, já decidiu quem será seu substituto como candidato a federal. Nos colégios eleitorais onde Guimarães tem influência no Cariri, os prefeitos devem votar em Raimundinho da Fetraece (PT). A decisão surpreendeu quem esperava o apoio à candidatura de federal do secretário dos Recursos Hídricos, deputado estadual Fernando Santana (PT). Nos bastidores, a explicação é que Fernando estaria com muitos apoios e o partido precisa fortalecer outras lideranças. O certo é que, no Cariri, os municípios ligados a Guimarães, como Mauriti, Salitre, Abaiara e Araripe, devem votar em Raimundinho. Além disso, o acordo com a Fetraece (Federação dos Trabalhadores Rurais do Ceará) passa pelo apoio à Guimarães na disputa interna ao Senado. Por falar em Senado, além dos municípios com fidelidade política, Guimarães terá apoio incondicional apenas do prefeito Santana do Cariri, Samuel Werton (PT). Guimarães vai reunir todos os prefeitos do PT no Cariri em breve. Vem pressão por aí.

Fora da influência

Entre os prefeitos fechados com candidaturas a federal, que não passam pelo deputado federal José Guimarães (PT), estão os prefeitos de Aurora, Marcone Tavares; Jardim, Antônio Coutinho; e Nova Olinda, Léo Brito. Marcone vai dividir voto entre Yury do Paredão e Fernando Santana; enquanto Dr. Coutinho deve ficar com Yury. Já Léo Brito vai de Luiz Gastão (PSD). Em Jati, apesar da forte ligação com Guimarães, Monica Mariano, ainda não se manifestou. Sem perder tempo, entre os dias 20 e 22, Guimarães esteve em Caririaçu, Jardim e Abaiara, em agenda oficial, inaugurando escolas, centros educacionais e assinando ordem de serviço para o programa “Minha Casa Minha Vida”. Em Assaré, fez um encontro com lideranças políticas do Cariri Oeste. Foi mais direto nas pretensões.

Oposição definida

O grupo de oposição de Jardim, liderado pelo ex-prefeito João Cláudio, já definiu suas candidaturas para 2026. Os nomes de Guilherme Landim (PSB) para estadual e Romeu Aldigueri (PSB) para federal, já estão sendo trabalhados no município. Um encontro com Guilherme e Romeu reuniu centenas de lideranças e selou o acordo. Presentes ao evento, a ex-vereadora Liliana Linhares; o ex-vice-prefeito Pelé; os ex-vereadores Juliano Roriz, Tico de Adelino, Né Vicente, Clecim Luz; os suplentes Blau Luz, Laís Roriz Luz, Socorro Baia; e a ex-secretária de Cultura, Cláudia Couto. O grupo fez oposição na eleição de 2024, quando Liliana foi candidata a vice-prefeita. João Cláudio não esconde que o acordo abrange a ampliação das bases para o próximo pleito municipal em 2028.

Nova crise

A disputa entre situação e oposição, em Altaneira, parece não ter fim. A crise da vez é na Comissão Permanente da Câmara. O vereador Paulo Robson (PSB), presidente da Comissão, anunciou, na sessão do dia 17, que vai pedir a destituição do vereador Júnior Paulino (PT) da relatoria da comissão. O pedido terá como base as constantes faltas não justificadas. Júnior Paulino é líder da oposição e Paulo Robson é líder da prefeita Késia (PSB). Paulo Robson garante que os pedidos de urgência são em razão da demora do relator, em apresentar pareceres sobre as matérias do Executivo. Junior Paulino acumularia seis faltas no ano, superando o limite previsto no Regimento Interno. O presidente da Casa, Deza Soares (PT), anunciou uma reunião com a comissão para resolver o impasse. Vai ter polêmica.

Enquanto isso...

Em Milagres, o líder da oposição Abraão Sampaio (PT), mostrou que está plenamente integrado com o projeto do deputado federal José Guimarães (PT). Abraão decidiu votar em Raimundinho da Fetraece para federal.

No município, Abraão continua comandando o PT, enquanto o futuro do ex-prefeito Cícero Figueiredo (PT) continua indefinido. Figueiredo está na base do prefeito Anderson Eugênio (MDB) e deve votar fora do PT.

Em Abaiara, quem comemora decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é o vereador João Neto (MDB). Ele era parte do processo que pedia a cassação do prefeito Angim (PT), sob acusação de compra de votos.

No dia 11, o TRE reformou decisão de primeira instância contra Angim e, no dia 14, foi a vez de João Neto. Ambas as decisões tiveram a mesma base, perda de prazo por parte do PDT, autor das denúncias.