Médico e gestor em saúde, Aloísio Brasil (Pros) concentra suas propostas de campanha na Saúde, área a qual identifica como principal gargalo no Município, em aspectos como atenção básica, saúde mental e ausência de equipamentos como uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um hospital municipal.

“O nosso projeto é abrir essa UPA 24 horas e o atendimento odontológico 24 horas. Vamos acoplar esse atendimento de urgência odontológica na própria UPA, que é o local realmente preconizado para que pessoas que tenham problema dentário na madrugada não espere o outro dia para ser atendido”, diz o candidato.

Ainda na área da saúde, Aloísio Brasil desacredita que o curso de Medicina em Crato seja criado pela atual gestão. Ele cita como uma de suas principais propostas, a criação de um hospital municipal com 100 leitos. O equipamento funcionaria como uma unidade de ensino, seja para o eventual curso ou em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Cariri (UFCA). A geração de empregos no município do Crato também é alvo de críticas.

Segundo o candidato do Pros, a cidade possui apenas a Grendene como a grande geradora de postos de trabalho. A principal causa desta realidade, diz Aloísio, é o valor dos impostos exigidos pelo Município e que desmotiva a instalação de empreendimentos na cidade. Assim, o candidato diz ser necessário “estimular a vinda de novas empresas” e promete fazer um inventário para “saber quais são os terrenos públicos e ofertar, publicamente, para aquelas empresas que tiverem o interesse de vir, de forma transparente e clara, para poder se instalar no Município”.

Do mesmo partido de Capitão Wagner, Aloísio Brasil também se coloca como opositor de Camilo Santana. A gestão do Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante é a principal divergência, apontado por ele como “um cemitério”, dada a ausência de eventos que se somem à ExpoCrato. “O Parque de Exposições, que é do Município, está sendo administrado pelo Estado e, pasmem, por uma pessoa de Barbalha”, critica. Aloísio, contudo, defende o diálogo com Camilo Santana. “Temos que conversar. Uma situação que acho extremamente tranquila. Meu perfil é muito parecido com o perfil de Camilo. Sou uma pessoa da conciliação e do diálogo, mas temos que discutir que a Exposição do Crato volte para ser administrada pelos cratenses, de forma que temos que ter a nossa casa de farinha e o engenho funcionando todo o ano para o turista conhecê-las”.

O candidato ainda promete reformular a política fiscal do Município “em discussão com a comunidade e com empresários sobre o que poderíamos, realmente, melhorar” e promover uma auditoria na Sociedade Anônima de Água e Esgotos do Crato (Saaec). Ele questiona as taxas e a gestão da companhia. “Temos que rediscutir a Saaec para que ela seja do povo e não ser de um grupo de pessoas”.