Queimadas: ação criminosa deixa rastro de destruição no Crato
Queimadas se tornaram cada vez mais frequentes
Foto: Robson Roque - Jornal do Cariri
Robson Roque
18/11/25 15:30

Queimadas e incêndios deixam rastro de destruição em várias localidades do Crato. A ação criminosa do homem tem levado apreensão a moradores de bairros como Palmeiral, Vila Lobo, Seminário, Lameiro e Mirandão. O fogo, intensificado pelo tempo seco e o vento, resultou numa névoa de fumaça perceptível em municípios vizinhos, na noite da última segunda-feira (17). Nesta terça, o Corpo de Bombeiro foi acionado para debelar as chamas que se aproximavam de residências no Mirandão. Além dos danos à vegetação e do aumento da temperatura, as unidades de saúde intensificaram os atendimentos a pessoas com sintomas respiratórios.

"Tomei conhecimento que o Corpo de Bombeiros está sem carro, está sem bombeiros suficientes. Governador Elmano de Freitas, peço um olhar especial para convocar novos agentes", pediu o vereador cratense Luís Carlos, ao mencionar a morte de um idoso, no último fim de semana, que tentava apagar as chamas e morreu intoxicado no bairro Lameiro. "Não podemos naturalizar essas queimadas aqui em Crato. Falta fiscalização, falta intensidade nesse acompanhamento", enfatizou.

Por causa dos danos, a Secretaria de Meio Ambiente e Mudança do Clima do Crato editou uma instrução normativa reforçando a proibição de queimadas no município até o dia 30 de novembro. “As equipes estão atuando incessantemente, no intuito de conter os incêndios em diversos locais do Município, com a fiscalização e a Brigada Municipal, junto com os órgãos ambientais parceiros”, informa a gestão em postagem no Instagram. “Tem que haver punições, multas, algo que mexa no bolso desse cidadão. Aplicar medidas e fiscalizar é extremamente importante”, comentou uma internauta na mesma postagem.

O prefeito André Barreto (PT), que disse não ter “dúvidas de que são atos criminosos”, revelou ter solicitado um estudo ao secretário municipal de Segurança Pública, Leitão Moura. A ideia inclui criar uma brigada ambiental do Município, ampliar o contingente de pessoas prontas para combater queimadas e comprar novos equipamentos.

São consideradas queimadas qualquer uso de fogo para limpar terrenos, preparar o solo para o cultivo, dentre outros tipos de manejo da vegetação. O descumprimento da instrução normativa resultará em advertência, multa e outras sanções previstas pela legislação ambiental.

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