Yury e Fernando polarizam disputa de federal no Cariri
14/10/25 0:00

A disputa para deputado federal no Cariri está sendo polarizada entre os deputados Yury do Paredão (MDB) e Fernando Santana (PT). Em pelo menos quatro municípios, a disputa já é intensa e envolve articulações diretas com os prefeitos. Jardim, Missão Velha, Brejo Santo e Aurora estão na mira dos dois parlamentares, sendo disputadas palmo a palmo. Os quatro prefeitos têm boa relação tanto com Yury quanto com Fernando. Em Jardim e Aurora, os prefeitos Antônio Coutinho e Marcone Tavares, respectivamente, estavam inclinados a fechar com Yury, mas agora pendem para Fernando. Em Brejo Santo e Missão Velha, a história se repete, mas há mais inclinação por Yury. A disputa vai além dos prefeitos e promete chegar a outros municípios, como Mauriti, onde Yury conversa com a bancada do PSB e o vice-prefeito, Cícero do Coité; enquanto Fernando se articula com o prefeito João Paulo (PT). Em Farias Brito e Potengi, Yury articula direto com os prefeitos Deda e Salviano; enquanto Fernando conversa com vereadores. É apenas o começo de uma longa disputa.

Sessão relâmpago

A Câmara de Farias Brito conseguiu chamar a atenção por um fato curioso: realizar uma sessão em apenas oito minutos. A sessão relâmpago ocorreu na terça-feira (7), aberta pelo presidente João Camilo (MDB), com leitura realizada pela vereadora Preta, secretária da Mesa Diretora. Deu tempo da leitura da proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) do município para 2026. O projeto define as receitas e as despesas para o próximo ano. Mesmo assim, nenhum vereador quis se pronunciar. Ajudou na velocidade da sessão a ausência de projetos para votação. E a falta de projetos na pauta foi por um motivo simples: as comissões da Casa não se reuniram para emitir pareceres sobre as matérias. O método eficaz: sem reuniões das comissões, não há votações e as sessões são mais rápidas.

Empréstimo questionado

A Câmara de Mauriti recebeu, em sessão do dia 03, pedido do prefeito João Paulo (PT) para autorização de empréstimo de R$ 3 milhões. A solicitação deve ser aprovada com folga, mas a discussão deve chegar ao Ministério Público. O líder da oposição, vereador Iata de Guerreiro (PDT), se pronunciou contrário ao empréstimo, por comprometer um caixa já com dificuldades. Ele acabou questionado o destino de receitas como o ISS (Imposto Sobre Serviços), recolhido da empresa Power China, gigante do setor energético instalada no município. O vereador sugeriu, ainda, diminuição de despesas com contratos temporários, locação de veículos e prédios, combustíveis (R$ 6,1 milhões em 2024) e com cachês de artistas no “Festeja Mauriti 2024” (R$ 1 milhão). Câmara e Prefeitura se calaram.

Aprovação com ressalva

O prefeito de Aurora, Marcone Tavares (PT), usou as redes sociais para comemorar a aprovação, pela Câmara, das contas de governo de 2022. E vale salientar, foram aprovadas por unanimidade. Os vereadores seguiram o parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mas, apesar da aprovação, um olhar atento no parecer motivara uma cobrança: é preciso melhorar a arrecadação do município. No parecer, entre as ressalvas, o TCE apontou ausência de cobrança de devedores inseridos na dívida ativa do município, o que compromete a arrecadação própria. Não por acaso, Aurora está entre os municípios com arrecadação nota zero, segundo Índice Firjan de Gestão Fiscal de 2024. Para a oposição, há uso político para favorecer aliados. As contas de 2023 já chegaram à Câmara.

Enquanto isso...

Ainda em Aurora, continua sem solução o assassinato do procurador-geral do município, José Nanda Bezerra, dia 29 de setembro. Nanda foi atingido com disparos de arma de fogo, enquanto caminhava com seu cachorro.

O que intriga é que o procurador não tinha inimigos e mantinha boa relação com todos. Segundo informações, a investigação já esgotou todas as possibilidades, sem encontrar a motivação. Virou uma incógnita.

Em Potengi, chamou atenção à detenção do suplente de vereador do PT, Fabrício Ariston, detido no dia 4, sob denúncia de violência doméstica. Para piorar, na prisão, a polícia identificou porte de entorpecente proibido.

A defesa de Fabrício divulgou nota, negando as duas acusações. A nota diz que Fabrício “repudia informações distorcidas que buscam comprometer sua imagem”. Mas, não nega e nem explica o motivo da prisão.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE PUBLICIDADE
RECOMENDADAS PARA VOCÊ
PUBLICIDADE
RECOMENDADAS PARA VOCÊ
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE