A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) acompanha de perto a execução do projeto “Braços Abertos” na região do Cariri, para avaliar a possibilidade de expandir a iniciativa para outros países da América Latina. Lançado em janeiro deste ano, o projeto busca melhorar o acesso aos serviços de saúde, reduzir filas para aperfeiçoar indicadores de saúde e fortalecer a regionalização da saúde, para que pacientes não precisem se deslocar até Fortaleza. 

“O Cariri está sendo um projeto piloto”, revela a secretária estadual da Saúde, Tânia Mara Coelho. “A OPAS está visualizando e acompanhando todo o processo, para que possamos fazer um grande projeto e ele ser um exemplo para toda a América Latina. Precisamos, muito, reorganizar a rede de saúde, para que a população seja atendida no lugar certo”.

Os 29 municípios que formam o Cariri aderiram à iniciativa, que contempla 618 unidades básicas de saúde espalhadas na região, o Hospital Regional do Cariri, 15 hospitais-polo, 12 hospitais estratégicos, seis policlínicas regionais, três centros especializados em reabilitação, quatro unidades de pronto atendimento (UPA), cinco unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), três Centros de Hematologia e Hemoterapia do Ceará, dois Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), quatro Clínicas de Hemodiálise e uma Central de Regulação Estadual.

Conforme a secretária da Saúde, que esteve na região do Cariri este mês, as ações desenvolvidas englobam a reorganização de todos os atendimentos na região do Cariri, desde a atenção primária até a atenção hospitalar, “para que o paciente consiga resolver todos os problemas de saúde na região”.

Tânia Mara Coelho também ressalta o desejo do governador Elmano de Freitas (PT), de ampliar os serviços de tratamento contra o câncer no interior do estado. “Eu entendo ser o grande legado do governador Elmano. É o que ele mais deseja, para não ser necessário à população se deslocar para Fortaleza”. A aproximação com hospitais da região é outra medida que vem sendo tomada pela gestão estadual. “Nós descentralizamos as cirurgias, para que todo o interior opere os pacientes. Temos feito um trabalho para andar o mais rápido possível na fila”.