A Diocese do Crato emitiu uma nota oficial sobre um vídeo da Comunidade Filhos Amados do Céu (FAC), que viralizou no Instagram. A publicação mostra o recorte de um momento de oração em que uma assistente do padre Sebastião Monteiro, que revezava orações com ele, aparenta ler um texto que compara homossexualidade e lesbianidade com doenças como câncer e depressão.

“Jesus, quebre todas as muralhas de doenças, sejam elas quais forem, principalmente o câncer, depressão, dependência do álcool, drogas, prostituição, homossexualismo, lesbianismo…”, diz a oração.

Na nota, o bispo dom Magnus Henrique Lopes enfatiza que “respeitar a dignidade e a diversidade sexual não é apenas um dever ético e uma exigência legal, é também um dever cristão”. 

No comunicado, o bispo também afirma que a comunidade reconheceu o erro pelo uso de “uma palavra imprudente”, e reitera que o caso “não deve apagar anos de mãos estendidas, corações abertos e socorro incansável”, em referência às ações desenvolvidas pela organização religiosa.

O caso repercutiu em redes sociais e foi denunciado ao Ministério Público do Ceará pela Associação Cearense de Diversidade e Inclusão (Acedi). "Tais falas, travestidas (sic.) de discurso religioso, extrapolam a liberdade de crença e configuram incitação ao ódio, reforçando estigmas históricos contra pessoas LGBTQIA+", considera a Acedi na denúncia. A FAC emitiu uma nota de retratação (veja abaixo).