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Municípios intensificam combate à violência infantojuvenil
No ano passado, 124 casos de abuso foram registrados em Juazeiro
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Joaquim Júnior
20/05/25 8:30

Desde que sancionada, em agosto de 2022, a Lei nº 14.432 instituiu a campanha Maio Laranja – uma forma de ampliar as atividades do dia 18 de maio, definido como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. No Cariri, municípios do Crajubar, assim como todo o país, participam da iniciativa. Em Crato, dados do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) apontam que, atualmente, 114 casos de abuso são acompanhados atualmente. Em Juazeiro, houve 124 novos registros no ano passado – a média é de 10,3 novos casos ao mês. Em Barbalha, a média de atendimentos varia entre 10 e 20 mensalmente.

Ricardo Aguiar, coordenador da Proteção Social Especial em Crato, conta que, neste ano, a campanha traz o tema “A intervenção intersetorial para a proteção social”, destacando a importância da atuação conjunta entre escolas, serviços de saúde, assistência social, segurança pública e justiça para garantir proteção integral às vítimas. Como cita, o Creas está à frente das ações no município, e oferece acolhimento, atendimento psicológico e social, acompanhamento contínuo e encaminhamentos especializados, em articulação com órgãos como o Conselho Tutelar, Polícia Civil e Militar e Ministério Público. “Proteja quem não pode se defender. Denunciar é um ato de coragem e responsabilidade”, enfatiza.

Conforme explica Gabriel Mendes, coordenador do Creas em Juazeiro do Norte, com o descobrimento de um novo caso, após o acolhimento da denúncia e a investigação do fato pelos órgãos de responsabilização, o caso e/ou a família são encaminhados para os equipamentos da rede para que sejam acompanhados. Como aponta,o abuso, a exploração sexual e a violência contra crianças e adolescentes são danos irreparáveis que devem ser combatidos. “Isso só é possível através da denúncia. Só assim podemos chegar até essas famílias e trabalhar o contexto com vistas a superar aquela condição”, comenta, ao citar que a maioria dos casos acontece dentro da própria residência e que os canais de denúncia incluem o disque 100, conselhos tutelares e delegacias de polícia.

De Barbalha, o secretário de Assistência Social, Sandoval Barreto, conta que o município atua nessa temática por meio da rede de proteção à criança e ao adolescente. Equipamentos como o Creas, Cras, Conselho Tutelar, escolas e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) desenvolvem ações educativas, como palestras, divulgação em mídias e redes sociais, além de encontros nos grupos de convivência. “Levar informação à população é fundamental para facilitar a identificação dos casos e, consequentemente, reduzir sua incidência”, afirma.

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