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Prefeito de Araripe rompe com seu principal aliado
20/05/25 0:00

A aliança entre o prefeito de Araripe, Zé Gordinho, e o ex-prefeito Giovane Guedes, ambos do PT, não resistiu a cinco meses de gestão. O ponto final na parceria política foi dado por Giovane, na sexta-feira (16), com pedido de exoneração do cargo de secretário de Saúde. Fontes ligadas à gestão confirmaram, ao blog do Ferreira Júnior, que a relação entre os dois líderes estava muito arranhada. Giovane reclamava de falta de autonomia na gestão da pasta. Zé Gordinho não atendia mais telefonemas de Giovane e, constantemente, dava contra ordens em determinações do secretário. Além de perder seu principal articulador político, o prefeito Zé Gordinho enfrenta uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que pode levar à sua cassação. O juiz eleitoral Sylvio Batista dos Santos Neto já determinou diligências sobre o caso. A ação aponta indícios de abuso de poder econômico durante a campanha. O prefeito teria doado cerâmica para reforma de uma igreja evangélica. Tudo registrado em vídeo feito pelo pastor da congregação, conhecido como Cicinho.

Polêmica em Milagres

A vice-prefeita de Milagres, Elisângela Crisóstomo (PDT), gerou polêmica com um vídeo divulgado nas redes sociais, onde aparece cortando um mastro com uma bandeira vermelha, lembrando o PT. A avaliação da oposição foi imediata, apontando rompimento da gestão do prefeito Anderson Eugênio (MDB) com os governos petistas de Elmano e Lula. Também nas redes sociais (whatsapp), o líder da oposição, Abrão Sampaio, viu a ação como recado claro e com justificativa para o prefeito. No dia seguinte, Anderson divulgou nota negando o rompimento e acusando a oposição de buscar “holofotes”. “A tal bandeira derrubada, embora vermelha, não é do PT, mas do 77, vencido nas urnas na última eleição pelo 15”. Vale lembrar que o PT estava na chapa da oposição, ao lado do 77.

Pressão por votação de contas

Na Câmara de Farias Brito, a base aliada do prefeito Deda Pereira (PDT) começou a atuar contra o principal nome da oposição. Na sessão do dia 13, o vereador Aurino Filho (MDB) solicitou à mesa diretora que recolocasse em votação as contas do ex-prefeito Vandevelder Freitas (PT). O vereador pediu que o presidente, João Camilo (MDB), cumprisse seu papel no cumprimento da lei. As mesmas contas solicitadas pelo vereador foram votadas e desaprovadas na Casa em 2020. Com o resultado contestado pelo ex-prefeito, a Justiça acabou decidindo, por liminar, anular a sessão que desaprovou as contas. Com a liminar, Vandevelder conseguiu ser candidato em 2020 e 2024 e as contas não voltaram ao plenário. Se votada, a expectativa e que seja desaprovada novamente.

Parecer contra a cassação

Um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), encaminhado ao juízo da 53ª Zona Eleitoral, no dia 14, caiu como um ‘balde de água fria’ nas pretensões da oposição em Altaneira. O parecer avalia improcedente a denúncia contra a Késia Alcântara (PSB), movida pela Federação Brasil da Esperança, liderada pelo PT. O promotor Ariel Alves de Freitas avalia que não há provas suficientes para comprovar prática de abuso de poder econômico ou gravidade de condutas na eleição de 2026, segundo aponta, requisito indispensável conforme jurisprudência TSE. O processo segue para decisão final do juiz eleitoral, que poderá acatar ou não o parecer do MPE. A decisão é aguardada com atenção por aliados e opositores, para novos desdobramentos da disputa jurídica em torno do resultado eleitoral.

Enquanto isso...

Em Santana do Cariri, o prefeito Samuel Werton (PT) respira aliviado. Em decisões recentes, o juiz eleitoral Herick Bezerra Tavares julgou improcedentes duas ações de investigações movidas pela oposição.

Samuel foi acusado de fazer contratações ilegais em período eleitoral e de usar a publicidade institucional para promoção pessoal. Foi fundamental a ausência de provas. A decisão seguiu parecer do Ministério Público.

Ainda em Altaneira, a disputa entre oposição e a base aliada da prefeita Késia Alcântara (PSB) está mais intensa. Na sessão do dia 12, o líder da base, Paulo Robson (PSB), pediu retificação da Ata da sessão anterior. Paulo apresentou pedido de revisão por escrito e foi ignorado pelo presidente Deza Soares (PT). O líder da base reclama da aprovação de um projeto pela Casa, sem apreciação de emendas apresentadas por ele.

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