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Camilo e Guimarães duelam pela presidência estadual do PT- Ceará
08/04/25 0:00

O líder do Governo Lula, José Guimarães, engrossou o discurso e cobrou que o governador Elmano de Freitas assuma a coordenação das eleições internas do PT do Ceará, marcadas para junho. No atual cenário eleitoral, Guimarães está em rota de colisão com o ministro Camilo Santana. Apesar de ambos serem da mesma tendência petista, o Campo Democrático, Guimarães e Camilo têm candidatos diferentes para suceder Antonio Conin. O candidato de Guimarães é o presidente da Ematerce, Inácio Mariano. O nome preferido de Camilo é do prefeito de Itapipoca, Felipe Pinheiro. Na sexta (04), Guimarães teve um jantar com Felipe Pinheiro, no apartamento do 1º secretário da Alece, De Assis Diniz. Na pauta, o esforço de Guimarães para convencer Felipe Pinheiro a não ser candidato. Ocorre que Felipe Pinheiro é aliado e fará o que o ministro da Educação orientar. Se houver confronto de chapas pela presidência do PT cearense, são enormes as chances do ministro Camilo assumir o controle do comando do PT, hoje nas mãos de Guimarães. Se Guimarães for derrotado, perde também a vaga de candidato ao Senado. Seu nome enfrenta resistências dentro do PT. Assustado com a força de Camilo, Guimarães inicialmente o confrontou. Com a repercussão negativa, recuou e disse não haver caminho de briga dele com o ministro Camilo. A sucessão de 2026 começou no Ceará, a partir das eleições internas no PT. E o ministro Camilo está cada vez mais forte.

Glêdson quer nome do Cariri na chapa da oposição
Mesmo garantindo que não estará na disputa pelo Governo do Estado em 2026, o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), não esconde a vontade de ter um nome do Cariri na chapa majoritária ou na disputa ao Senado pela oposição no Ceará. Glêdson tem conversado com lideranças da região e a sua base, avaliando nomes que poderiam compor a chapa. O prefeito juazeirense, que deve sentar-se à mesa para a escolha dos nomes, tem defendido que a região é muito grande e, portanto, importante eleitoralmente para não ter um representante. Glêdson avalia ser mais fácil pedir votos para a oposição com a presença de um caririense. Os nomes avaliados não foram revelados, mas as discussões devem avançar neste mês de abril. Recentemente, Glêdson esteve com lideranças da oposição, como Ciro Gomes, Capitão Wagner, Roberto Cláudio. Também conversou com membros da cúpula do PDT, como o deputado federal André Figueiredo. Tantas negociações feitas por Glêdson alavancaram as chances dele ser pressionado mais na frente para aceitar o desafio de ser candidato ao Governo do Ceará, para enfrentar e impedir à reeleição do governador Elmano. A oposição contabiliza três nomes, para um deles enfrentar governador Elmano: Glêdson, Roberto Cláudio e Moses Rodrigues.
 
Baixas do Centrão fragilizam base de Elmano
A oposição no Ceará deve se fortalecer se o Centrão não apoiar à reeleição do presidente Lula. Caso essa decisão de romper com o PT nacionalmente se confirme, o governador Elmano corre o risco de perder importantes apoios partidários. A nova federação União Brasil-PP deve sair do papel final de abril, e, no Ceará, não estará no palanque de Elmano. Quem também não ficará com Elmano são os Republicanos. O presidente nacional, Marcos Pereira, já comunicou ao Planalto, não haver possibilidade de aliança com Lula. No Ceará, o ex-senador Chiquinho Feitosa, presidente dos Republicanos, teria de sair da coligação com o PT. Outra sigla que Elmano pode perder é o PSD. O
presidente nacional, Gilberto Kassab, já declarou que apoiará o governador Tarcísio de Freitas para presidente. E a lista de baixas do bloco de Elmano só aumenta. O Podemos, do prefeito Glêdson Bezerra, conclui também até o final de abril, uma fusão com o PSDB. Essa nova sigla não será base de apoio de Elmano. E Elmano perderá outro partido: o Solidariedade, que fará uma federação com PSDB-Podemos, e também irá para a oposição. A conta assusta. Elmano perderia hoje cinco partidos, sendo três grandes: PP, Republicanos, PSD. E dois de médio porte: Podemos e Solidariedade.

PDT ameaça romper para lançar Ciro Gomes
O Abolição nega, mas há uma preocupação real com os riscos da base do governador Elmano diminuir, com a saída dos partidos do Centrão e dos seus novos aliados. Hoje, o palanque de Elmano seria a federação PT-PCdoB e PV, o MDB, o PSB e o desejo do presidente interino nacional André Figueiredo, de apoiar Elmano. Porém, há um fato novo na política brasileira. Seriamente ameaçado de desaparecer do cenário político nacional, o PDT através do presidente Carlos Lupi, e quase toda bancada federal, quer convencer Ciro Gomes a se lançar novamente ao Planalto. O argumento utilizado é a liderança de Ciro Gomes com 19%, na pesquisa DataFolha, divulgada no domingo (06), quando nem Lula nem Bolsonaro são candidatos. Ciro derrota Tarcísio de Freitas (16%) e Fernando Haddad (15%), como também Pablo Marçal (12%), Ratinho Jr. (7%), Eduardo Leite (5%), Romeu Zema (3%) e Ronaldo Caiado (2%). Essa pesquisa mexeu com Ciro, que estava nesta segunda (07) dando palestra em São Paulo e já não estava mais tão resistente a entrar na corrida presidencial. Com Ciro candidato ao Planalto, o PDT também deixaria a base de Elmano. Nesse quadro, a dúvida é se Cid Gomes votará em Ciro, apesar dele ter dado uma entrevista em Sobral, anunciando apoio apenas à reeleição de Elmano. Nada de declarar apoio a Lula.

Matheus Leite desafia deputado Yury do Paredão
O clima entre a Câmara de Crato e o deputado federal Yury do Paredão (MDB) ficou tenso com a declaração do presidente da Casa, Matheus Leite (PDT), de que o deputado liderava uma articulação para “tomar” metade do controle administrativo do Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante. Atualmente, Yury comanda a área de shows e teria iniciado uma articulação, junto ao governo Elmano de Freitas, uma proposta para assumir toda a parte de baixo do Parque. Na área estão inclusos restaurantes, estacionamentos, parques de diversão e o chamado “inferninho”. A ideia seria extinguir o inferninho, área mais popular da festa, para potencializar a arrecadação. Segundo Matheus, a articulação não teve sucesso, graças ao prefeito André Barreto (PT), que barrou a proposta. Matheus disse ter visto o projeto proposto para o espaço. Yury negou as acusações. Apesar de ter sido determinante em promover alterações dentro do parque, se posicionando contra a sugestão de Yury, o prefeito André Barreto não se manifestou sobre a polêmica .
 
Abolição não mostra interesse de trocar Yury 
A tentativa do deputado Yury do Paredão, em controlar administrativamente o Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, deflagrou um debate adormecido: a municipalização da Expocrato. Liderado pelo presidente da Câmara, Matheus Leite, e por dirigentes lojistas da CDL, essa turma alega ter força política para retomar o controle da Expocrato a partir de 2026. Estão errados. Mesmo assim estão montando uma comissão para acompanhar a festa deste ano. O esforço do presidente Matheus Leite é convencer as associações de criadores a se engajar na proposta. Um dos líderes dessas associações é o vice-prefeito Leitão Moura, que até agora se mantém em silêncio. Não quer colidir com o Abolição. Essa tentativa de afastar Yury do Paredão do controle da Expocrato tem um problema: tanto o governador Elmano, quanto o ministro Camilo ficarão ao lado de Yury. E o apoio de Elmano e Camilo assegura o respaldo do prefeito André Barreto, que não entrará em dividida com o Abolição. O próprio presidente Matheus Leite deverá ouvir, muito em breve, que um confronto dele com o deputado Yury do Paredão não tem futuro. Por uma razão simples: o Abolição está satisfeito com o desempenho de Yuri do Paredão à frente da Expocrato.

Disse me disse…
Presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), Yury do Paredão é o único cearense a presidir comissão técnica na Câmara. O orçamento da CDU para 2025 é de R$1,1 bilhão. Toda essa verba controlada por Yury do Paredão.
 
O crescimento eleitoral de Yury do Paredão assustou até o Abolição. Hoje, Yury já tem uma base com 33 prefeitos em todas regiões do Estado. E pode avançar mais com a CDU.
 
O deputado estadual Davi de Raimundão articulou uma viagem a Brasília para vereadores de Juazeiro do Norte. A comitiva teve seis parlamentares.
 
Em uma das visitas, ao deputado federal Eunício Oliveira, os vereadores pediram empenho na atração de investimentos privados para o Juazeiro do Norte.

Davi de Raimundão não admite publicamente, mas não descarta trocar o MDB por outro partido, onde sua reeleição seja mais fácil.

O problema é arranjar uma sigla governista, onde a eleição esteja assegurada a um candidato que tenha menos de 60 mil votos.

Tanto o PSB, quanto o PT estão com uma listagem de candidatos com forte densidade eleitoral.

Desculpe a ignorância, o ministro Camilo vai emplacar o novo presidente estadual do PT, para tristeza do deputado José Guimarães?

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