A dengue é uma doença sazonal com tendência de aumento de casos nos meses mais quentes e chuvosos. A doença é considerada uma arbovirose, que se caracteriza por ser causada por vetores, neste caso, o Aedes aegypti. Em 2024, o estado do Ceará teve 11.872 casos confirmados de dengue, 18 casos graves e oito óbitos confirmados, de acordo com os dados do portal IntegraSus.

O mosquito que transmite a doença se reproduz em água quente e parada. Para prevenir a proliferação, o país inteiro se mobiliza em ações de prevenção. No Cariri, não é diferente. Crato, município do Crajubar que teve mais casos confirmados no ano passado (2024), intensifica as ações de combate à doença. De acordo com dados do Integrasus, a cidade teve 321 casos confirmados.

Neste primeiro mês de 2025, a cidade já contabiliza oito casos. Os agentes de endemias estão mobilizados com ações que acontecem nos seguintes bairros: Vila Alta, Conjunto Habitacional Padre Cícero, Alto da Independência (Recreio) e Muriti (de cima). A Secretária de Saúde do Município, Sheyla Martins, destacou que as equipes de Saúde e Notificação e Vigilância Epidemiológica estão realizando trabalhos de educação, com registro dos casos suspeitos de para monitoramento e controle. “O controle do vetor, o Aedes aegypti, requer um esforço de todos, poder público e sociedade”, alertou Sheyla.

Juazeiro do Norte somou 302 casos de dengue em 2024, a cidade também conta com campanhas internas de conscientização, limpeza e dedetização para banir os focos dos mosquitos. A coordenadora do setor de Vigilância em Saúde de Juazeiro do Norte, Nara Hellen, afirma que o setor está engajado no combate aos vetores de endemias, que inclui a dengue. “Os agentes de endemias estão nas residências todos os dias, dando orientação para a população de como combater o mosquito “, explicou.

Um dos principais instrumentos para combater o foco do mosquito em Juazeiro são as Ovitrampas, que é uma estratégia para mapear e combater os focos do Aedes. Trata-se de pequenos vasos de planta na cor preta, preenchidos com água e levedo. Dentro dos vasos, são anexadas palhetas de madeira, onde é possível verificar a deposição ou não de ovos do mosquito. As palhetas são recolhidas e substituídas a cada 30 dias, independentemente do resultado. Barbalha também segue com os trabalhos de prevenção e é a cidade com menor registro da doença, somando 88 casos em 2024.