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Cariri concentra maior taxa de novos casos de hanseníase no Ceará
Juazeiro lidera casos de hanseníase no Cariri
Foto: Prefeitura de Mesquita (RJ)
Robson Roque
14/01/25 16:04

A campanha “Janeiro roxo”, promovida pelo Estado do Ceará neste mês, pretende conscientizar sobre a hanseníase, além de reduzir o estigma sobre a doença, estimular sua descoberta precoce e capacitar profissionais. Nos últimos cinco anos, a região do Cariri registrou 768 casos de hanseníase, sendo 145 no ano passado. Os primeiros sinais da doença aparecem como lesões na pele e sintomas neurológicos, como formigamentos nas extremidades e perda de sensibilidade nas áreas afetadas.

O médico epidemiologista Carlos Garcia, que atua na secretaria estadual da Saúde, explica que “a doença pode ser confundida com outros problemas de pele, em suas fases iniciais”. O profissional destaca que “por isso, é tão importante que o profissional de saúde busque saber mais sobre ela e que o paciente esteja atento aos sintomas”. Para ele, o diagnóstico precoce é um dos principais desafios no combate à hanseníase. O paciente pode ficar com seqüelas, caso a doença demore a ser identificada.

Um dos principais estigmas em relação à hanseníase está associado ao contágio, que ocorre por meio de gotículas respiratórias. “A principal forma de prevenção é tratar as pessoas que estão com a doença. Para se evitar que a pessoa seja reinfectada, é importante fazer todo o tratamento, que pode ser realizado por seis meses ou um ano. Quando o paciente começa a se tratar, a transmissão é interrompida, mas as pessoas que conviveram com o portador da doença devem ser testadas”, explica o epidemiologista.

Desde 2020 foram registrados 768 casos de hanseníase no Cariri, a maior parte em Juazeiro do Norte, com um total de 220 ocorrências. Na sequência estão Crato, com 66 pessoas infectadas, Várzea Alegre, com 52, e Lavras da Mangabeira, com 37. Apenas Jati não teve registros da doença ao longo do período. Em 2024, a regional de saúde do Cariri ficou atrás apenas de Fortaleza em número de ocorrências (145 contra 526). A região caririense, no entanto, possui a maior taxa de detecção de novos casos no Ceará para cada 100 mil habitantes.

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