Crise política pode implodir base aliada em Milagres
28/05/24 0:00

Uma crise sem precedentes na base aliada do prefeito Cícero Figueiredo (PT) tem colocado em risco a união da base governista do estado no Município. A confusão, ainda longe de terminar, tem início no partido do prefeito, o PT. Figueiredo, que ainda não veio a público falar sobre o assunto, teria desistido da disputa pela reeleição, acusando traições internas. Imediatamente, nomes como o vice-prefeito Anderson Eugênio (MDB) e o vereador Jorge Henrique (PT) assumiram pré-candidaturas. Dias antes, Figueiredo reafirmou sua pré-candidatura ao lado do deputado federal José Guimarães e do presidente estadual do PT, Antônio Conin. Dois dias depois, o próprio Guimarães anunciou apoio a Jorge, dando o referendo petista. Figueiredo teria reafirmado sua desistência. Tudo resolvido até Figueiredo voltar atrás na sexta-feira (24). Claro, tudo apenas com informações de bastidores. O problema é que Jorge Henrique disse que não desiste da pré-candidatura e Figueiredo precisará mais que sua habilidade política para realinhar o grupo e se viabilizar novamente.

Lielson Landim é o pivô da crise em Milagres

Entre os apoiadores do prefeito Cícero Figueiredo, não há dúvidas de que o principal responsável pela crise que ameaça implodir a base governista em Milagres é o ex-prefeito Lielson Landim. Integrante da base de Figueiredo desde 2020, Lielson surpreendeu, em março último, ao se filiar ao PDT e lançar sua mulher, Elizangela Crisóstomo, como pré-candidata contra Figueiredo. Lielson estaria buscando vingança depois de ser retirado da disputa à reeleição, quando prefeito. Em 2020, Lielson não tinha apoio político, nem popular, para disputar e acabou convencido a desistir. Agora, estaria tentando devolver na mesma moeda. Mesmo vivendo um momento bem diferente, Figueiredo não teria suportado a pressão de Lielson.

Campos Sales ansiosa por uma pesquisa eleitoral

O assunto favorito entre as lideranças políticas de Campos Sales é uma pesquisa registrada que será divulgada em breve. Ninguém se arrisca a dizer quem está encomendando, mas especulações apontam para apoiadores do ex-prefeito Moésio Loiola. Entre os grupos políticos, a expectativa é que a pesquisa mostre uma disputa acirrada entre Moésio e o prefeito João Luiz (PT), tanto em intenções de voto, quanto na rejeição. Não se fala em data, mas há quem garanta que seja qual for o resultado, a tendência é que seja pedida a anulação da pesquisa. A avaliação é que um dos lados fique descontente. Em Jati, a Justiça Eleitoral já proibiu a divulgação de uma pesquisa recentemente. A decisão pode servir de base.

Disputa em Potengi começa pela Justiça

A disputa entre os pré-candidatos a prefeito de Potengi, Salviano Alencar (PDT) e Luã Almino (PT), começou pela Justiça. Pelo menos, por enquanto, Salviano leva vantagem, ao ter arquivado denúncia de campanha antecipada. Aliás, não ficou clara a ação do PT contra Salviano, baseada em um texto divulgado nas redes sociais que, sequer, cita nomes. Salviano pondera, apenas, que o futuro prefeito tenha experiência de vida e administrativa. O PT de Luã enxergou “propaganda negativa”. Já o juiz José Batista de Andrade avaliou diferente e indeferiu o pedido de liminar contra Salviano. Salviano espera o resultado da uma denúncia de uso da máquina público e do aparato do município para Luã Almino.

Enquanto isso...

Em Araripe, o juiz José Batista condenou o prefeito Cícero de Deus (PDT) a pagar multa de R$ 5 mil por propaganda antecipada. O prefeito foi acusado de usar evento público para fortalecer sua imagem.

Cícero de Deus comemorou o Dia do Trabalhador em sua residência, distribuindo comida e bebida, além de promover show musical. A denúncia, acatada pelo Ministério Público do Estado, foi feita pelo PT.

Em Nova Olinda, a queda de braço entre o vereador Damião Aureliano (MDB) e o prefeito Ítalo Brito (PT) ganha reforço. O deputado estadual Guilherme Sampaio (PT) fez a defesa do vereador na tribuna da Câmara.

Aureliano enfrenta processo de cassação na Casa, acusado de divulgar noticias falsas sobre uma possível ameaça de morte. Os vereadores da base do prefeito Ítalo querem cassar o mandato por quebra de decorro.

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