A chegada do mês de setembro marca, no Cariri, o início da temporada dos meses terminados em “bro”, conhecidos por serem os mais quentes do ano. Temperaturas que beiram os 40º C e a baixa umidade relativa do ar são características comuns durante a temporada, o que também despertam atenção para os cuidados com a saúde. Conforme repassado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, o esperado é que o habitual de anos anteriores também se repita neste ano.

Meire Sakamoto, gerente de meteorologia da Funceme, aponta que, “nesse período, o calor durante a tarde tende a ser ainda maior que o costumeiro”. Assim, é previsível que, no interior do Estado, a temperatura durante as tardes dos próximos meses ultrapassem facilmente os 35º C. “Se a temperatura aumenta, reduz a umidade relativa do ar. Assim, as tardes quentes, principalmente no sertão, vêm acompanhadas de baixa umidade”, alerta, ao cita que “os ventos, que começaram a se intensificar em agosto, mantêm-se com altas velocidades nos meses b-r-o”.

No ano passado, segundo o Serviço Europeu de Mudança Climática Copernicus, o mês de outubro foi o mais quente já registrado no planeta. O município de Barbalha, inclusive, registrou índices preocupantes de baixa umidade do ar: apenas 11%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando a umidade relativa do ar se mantém entre 12% e 20% já é considerado estado de alerta e, abaixo dos 12%, entra no alerta máximo.

Para o período mais quente, o Imunologista e Alergologista Cícero Inácio orienta que as pessoas, para amenizar os sintomas causados pela baixa umidade do ar, tomem muito líquido. Além disso, as orientações incluem evitar sair nas horas de pico do sol, ambientes ensolarados e secos demais. Bebidas alcoólicas, principalmente destilados, também devem ser evitadas. Uma dica que ele deixa é colocar vasilhas com água no ambiente ou, se possível, utilizar umidificadores de ar quando a umidade estiver abaixo de 30%.