Cariri receberá projeto para fortalecimento da macaúba
Serão desenvolvidos sistemas de produção para a região
Utilização da macaúba é ampla e produz de óleos a biocombustíveis. Foto: Mapa
Joaquim Júnior
08/09/20 11:00

A macaúba no Cariri, de acordo com Simone Palma Fávaro, pesquisadora na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroenergia, é  explorada em toda região de forma extrativista. A maioria da produção é comercializada como frutos frescos para feiras locais e para outros estados, principalmente o Maranhão. Alguns extrativistas fazem a extração do óleo da amêndoa, tanto para consumo próprio como para venda. Diante do  crescimento da cultura, a região receberá a implantação de um projeto voltado  ao fortalecimento da cadeia de macaúba. A previsão é que a implantação aconteça a partir do mês de dezembro.

Na última semana de agosto, uma reunião virtual entre entidades como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, debateu atividades a serem desenvolvidas no âmbito do projeto. Conforme explicou Simone, o projeto é uma parceria entre o Mapa e a Embrapa. Através dele, serão desenvolvidas atividades para desenvolver sistemas de produção adequados para a região do Cariri, aproveitamento integral do fruto e a instalação de unidades de demonstração em áreas de agricultores. “Nestas unidades, a macaúba será plantada em sistema de integração com lavouras que já são tradicionalmente produzidas no local. Os agricultores parceiros receberão todos os insumos e assistência técnica”, explica a pesquisadora.

Segundo Simone, a macaúba fornece dois tipos de óleo: da polpa e da amêndoa. A utilização deles é ampla: produção de alimentos em panificação, fritura, recheios, sorvetes, cremes; produtos de higiene pessoal em shampoos e sabonete, por exemplo; biocombustíveis, como biodiesel e potencialmente para bioquerosene de aviação etc. “Além dos óleos, tem as chamadas tortas residuais, que podem compor rações animais; o birô (endocarpo) para a produção de carvão ou energia elétrica; as folhas para adubação orgânica ou para geração de energia elétrica; a polpa pode ser transformada em farinha com elevados níveis de pró-vitamina A”, completa a pesquisadora.

*Mais detalhes na edição semanal do Jornal do Cariri. Para baixar o PDF, clique no botão IMPRESSO da barra superior do site.

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