Servidores ameaçam entrar em greve em Juazeiro
O Sisemjun ameaça entrar em greve geral, a partir do dia 29 de fevereiro
Foto: Divulgação Sisemjun
Regy Santos
27/02/24 13:26

O Sindicato de Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun) ameaça entrar em greve geral, a partir do dia 29 de fevereiro, caso não haja acordo com a prefeitura do Município, até esta quarta-feira (28). De acordo com o presidente do Sisemjun, Marcelo Alves, as principais exigências são a diminuição de carga horária e o ajuste em salários de diversas categorias. Os servidores também reclamam das dificuldades de negociação com o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos).

Na última semana, o Sisemjun orquestrou paralisações e estado de greve em alguns setores municipais. Motoristas do transporte escolar pararam, sem aviso prévio, e inúmeros alunos ficaram impossibilitados de irem às escolas. Servidores da Educação também paralisaram suas atividades por dois dias.

“Este ano, por ser um ano eleitoral, é uma época que o governo tem inteligência emocional, exatamente pelo componente eleitoral, e o sindicato tenta capitalizar nisso”, explica Marcelo Alves, completando que os servidores estão abertos à negociação.

O prefeito Glêdson Bezerra disse entender e respeitar o direito à greve, mas lamentou a declaração de Marcelo Alves. “É a pessoa reconhecer que, num ano eleitoral, muitas vezes se faz uma cobrança excessiva, num tom irresponsável, sem se preocupar com o que vem depois, porque é um ano eleitoral, porque sabe que vai causar desgaste”, lamentou.

Sobre a possibilidade de greve do funcionalismo, Glêdson se disse desafiado a “se desdobrar e se comunicar melhor com a população, e tentar explicar para ela que essas coisas acontecem em ano eleitoral, exatamente para causar um desgaste”. O prefeito alegou, ainda, ter zelo e respeito pelo dinheiro público, “para que as políticas públicas funcionem, e não somente para favorecer um ou outro grupo, por conta de uma questão eleitoral”, finalizou.

O procurador-geral do Município, Walberton Carneiro, detalhou que promove, junto com a Secretária de Finanças, “um estudo de impacto financeiro, de maneira pormenorizada”, sobre o reajuste dos servidores públicos de maneira geral, e dos professores, especificamente. Afirma, ainda, que o levantamento considera a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece limitações sobre os gastos com folhas de pagamento de pessoal. “Só após realizarmos este estudo pormenorizado, é que vamos apresentar esses números para o sindicato, apresentando uma proposta que respeite a LRF e, obviamente, o limite orçamentário-financeiro do Município”.

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