Polícia apura se Camilo Santana teve o celular grampeado
Ministros do STF e deputados também foram monitorados
Foto: Lula Marques - Agência Brasil
Robson Roque
30/01/24 15:00

A Polícia Federal investiga se o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e outras autoridades públicas foram espionados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a PF, o monitoramento foi feito ilegalmente por uma organização criminosa, que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para usar “ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem autorização judicial”. 

O filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro, é apontado pela PF como “a principal pessoa da família que recebia informações da Abin paralela”. Há indícios de que ele usava assessores para solicitar informações, de forma ilegal, à Abin. Em conversa do WhatsApp, Luciana Almeida, apontada como assessora dele, pede informações sobre inquéritos policiais de investigações que envolviam Jair Bolsonaro e seus filhos.

Além de Camilo, outras autoridades públicas podem ter tido aparelhos eletrônicos grampeados ilegalmente, sobretudo celulares. Entre elas, estão os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, entre outros parlamentares. O monitoramento foi feito com o intuito de produzir provas contra figuras públicas, para uso político e midiático, “para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”. 

Em nota, Camilo Santana lamentou que a Abin, “um órgão tão importante, tenha sido utilizado ilegalmente no Governo anterior, para perseguição de pessoas públicas”. Camilo declarou, ainda, confiar nas investigações da PF “para apurar responsabilidades, de forma a garantir a preservação do papel da Abin no fortalecimento do Estado Democrático de Direito no Brasil”.

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