Crajubar recebe Mostra Nacional de Contadores de Histórias
Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha recebem contadores em mostra nacional
Foto: Paula Yemanjá
Joaquim Júnior
03/10/23 11:00

Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte recebem, entre quinta-feira (05) e domingo (08), o evento “Nas Terras do Cariri – VIII Mostra Nacional de Contadores de Histórias” que traz como tema “O narrar brincante dos povos da Chapada do Araripe”. Entre os pontos de encontro desta edição, estão centros culturais e uma casa de farinha, que darão sequência a encontros anteriores com Mestres da Cultura, rezadeiras, brincantes maneiro-pau e de outras manifestações culturais.

“O Cariri é o lugar, por excelência, das narrativas. Elas brotam o tempo inteiro”, inicia Elisabete Pacheco, idealizadora da Mostra. Como destaca, a contação é algo constante, desde os mestres e trabalhadores às demais pessoas. “O tempo todo a gente está a contar alguma coisa”, afirma, ao citar tanto mestres como o narrador urbano e contemporâneo que bebe na fonte da tradição. Como menciona, os encontros de contadores e a criação da Escola de Narradores são pontos fundamentais para que a arte de contar história esteja tão viva na região.

Apesar de contar com poucos recursos para a realização, a Mostra de Contadores chega à oitava edição, graças, principalmente, à vontade dos narradores em fazer com que esse encontro se fortaleça. Ela conta que é graças à união do grupo que é possível o contato com outros contadores, a exemplo dos que integram a Rede de Contadores de História do Ceará. “Isso vai impulsionando nosso trabalho para que a gente lute por políticas públicas, que possa reivindicar melhores lugares, reconhecimento”, enfatiza.

Em relação aos desafios, a contadora destaca o reconhecimento da contação de histórias como uma linguagem artística. Sobre conquistas ao longo do tempo, ela cita o assento no Conselho Estadual de Cultura, com a cadeira de Contação de História e Mediação de Leitura, assim como conseguir fazer um festival quase sem recursos. “Quando a gente vai para as comunidades, o que mais escuta é a falta que as pessoas têm de conversar e serem ouvidas. Um bom narrador é aquele que é um bom ouvinte. Então essas comunidades narrativas têm muita coisa a nos ofertar, a nos oferecer”, comenta Elisabete.

A programação pode ser conferida na página da Mostra, no Instagram (clicando aqui), e no site do evento (clicando aqui). “A gente vai ter mediação em 2 Rodas, que é um passeio ciclístico; vai ter diversas contações de história em Juazeiro, Crato e Barbalha; conversa numa casa de farinha, conversa de miolo de pote... A programação está muito bonita. E no finalzinho a gente vai ter um almoço partilhado, um almoço narrativo, onde a gente partilha o pão e a palavra. Vai ser o encontro da Rede de Contadores de História, partindo desse almoço narrativo e, após a nossa reunião, pensar os nossos andamentos daqui por diante. A gente espera todos! Todos os espaços são abertos para que a gente possa transformar essa palavra cada vez mais como algo que vai reverberar por muitos e muitos anos nessa grande Chapada”, finaliza Elizabete.

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