A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) aprovou, nesta quarta-feira (30), a instituição do dia 24 de maio como Dia Beata Maria de Araújo, bem como a Semana Maria de Araújo para reflexão sobre a memória e o legado das mulheres na historiografia.

A iniciativa foi proposta pelo deputado estadual Renato Roseno. “O projeto de lei também busca promover um resgate da memória histórica de figuras que foram injustamente perseguidas, seja pela Igreja ou pelo Estado”, argumenta o parlamentar.

Maria de Araújo foi protagonista do “Milagre de Joaseiro”, que deu origem ao afluxo de romeiros para Juazeiro do Norte, quando a hóstia entregue pelo Padre Cícero teria se transformado em sangue na boca da beata, seguidora do sacerdote. 

Renato Roseno argumenta que ela foi perseguida  e, “desde então, viveu enclausurada”. Ele relembra, ainda, que o túmulo dela “foi violado e os restos mortais levados” e, até hoje não se sabe o paradeiro.

“Maria Magdalena do Espírito Santo de Araújo foi uma menina pobre, negra, analfabeta, filha de negros e que foi acolhida ainda jovem pelo Padre Cícero. Na infância, já alegava manifestar estigmas, visões e profecias”, comenta o parlamentar.