A exposição Fragmentos, instalada no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) Cariri, reúne inspirações de vivências de Augusto Bezerra, que cursa Artes Visuais na Universidade Regional do Cariri (Urca). A ideia, como explicou, surgiu graças à admiração que sempre teve sobre o funcionamento da mente humana, a grande capacidade de armazenamento e a forma que a mente lida com essas informações. A exposição, que reúne pinturas do autor, pode ser visitada até o dia 28 de junho.

A convivência com as artes vem de longe: Augusto, que também é professor e pesquisador, é da terceira geração de artistas da família. Ele possuía o questionamento se o acesso às informações armazenadas e esquecidas no cérebro seriam capazes de ajudar no crescimento pessoal, espiritual e artístico. Assim, iniciou pesquisa de como poderia criar algo para que isso acontecesse através das artes.

Durante a pesquisa, se deparou em aula com a palavra “Fragmentos” – foi quando resolveu incluir fragmentos de memória diária através da pintura em tela, que lhe possibilitasse riqueza de detalhes das lembranças vividas quando foram pintadas. Ao terminar a primeira série, ele viu a proposta se concretizando, pois, ao revisitar as obras, era como se voltasse ao momento que as pintou, com riqueza de detalhes. “Então, com a pesquisa comprovada, juntei todos esses trabalhos e criei a exposição Fragmentos”, afirma.

Essa é a primeira vez que o trabalho é apresentado em exposição. Segundo o artista, a proposta é que o público pense na possibilidade de trazer as lembranças do passado para a vivência no presente e que possa criar um futuro mais consciente, despertando o interesse em usar a história ao seu favor. “Somos formados de fragmentos. Cabe a nós juntá-los ou não”, conclui.