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Defesa Civil atua para evitar tragédias ambientais no Cariri
Chuvas trazem preocupação a moradores de áreas de risco
Foto: Nivia Uchoa
Robson Roque
28/02/23 15:00

A tragédia ambiental que matou 54 pessoas no litoral de São Paulo (inclusive um caririense) acendeu o alerta para áreas sob risco de deslizamentos de terras no Cariri. O período de chuvas constantes na região preocupa moradores, sobretudo aqueles que residem nas nove áreas com riscos existentes em Crato e Brejo Santo, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB). 

A Encosta do Seminário, na cidade cratense, é uma delas. A localidade reúne 190 moradias e abriga 760 pessoas, que, como a dona de casa Antonieta Souza, convivem com o medo de que as terras venham abaixo. “Já teve deslizamento aqui. As primeiras casas lá de cima já foram condenadas. A gente vive com medo, mas não temos como nos mudar daqui”, diz.

As áreas no entorno do canal do Rio Granjeiro, em Crato, representam riscos de corrida de massa, assim como a registrada após chuva em janeiro de 2011. O SBG indica quatro mil pessoas morando em mil casas na localidade, sendo esta a que concentra a maior população em área arriscada na cidade. Assim como em Crato, dois trechos do Canal da Taboqueira, em Lavras da Mangabeira, representam risco para 560 pessoas que residem em seu redor, com grau de risco considerado alto para enxurradas. 

Coordenadora da Defesa Civil cratense, Josimeire Melo informa que o órgão atua de forma preventiva e em parceria com secretarias municipais e outros órgãos estaduais e federais. No caso do canal, ela detalha a existência de monitoramento constante, inclusive com uso de câmeras de videomonitoramento e sistemas de alertas que usam três pluviômetros. Sobre áreas de encosta, enfatiza atuação para evitar “novas construções irregulares”, retirada de famílias a serem levadas para conjuntos habitacionais ou aluguel social.

Desde o início do ano, a Prefeitura de Crato tem feito ações para reparar paredes do Canal do Rio Granjeiro, como medida de desassoreamento preventivo. Ano passado, o prefeito Zé Aílton Brasil (PT) anunciou projeto para revitalizar o canal, com obra orçada em R$ 125 milhões e a ser realizada em três etapas que preveem recuperação, reformulação e prolongamento do canal, assim como construção de áreas de lazer, vertedouro e mini-barragens.

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