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Aniversário de Guimarães mostra futuro do PT no Ceará
14/02/23 0:00

No sábado (11), o deputado federal José Guimarães comemorou seu aniversário numa barraca da Praia do Futuro, em Fortaleza. Estavam presentes o governador Elmano de Freitas e o ministro da Educação, Camilo Santana. Na festa, ficou claro que Guimarães é candidato ao Senado em 2026, numa das duas vagas, representando o PT. O Cariri ficaria com a 1ª suplência de Guimarães. A outra candidatura será decidida mais na frente, pois há quatro pretendentes: senador Cid Gomes, do PDT, candidato à reeleição, Eunício Oliveira, do MDB, Chiquinho Feitosa, dos Republicanos, e Luizianne Lins, se não vingar sua candidatura à prefeitura de Fortaleza no ano que vem. Ciente desse confronto já existente, Elmano e Camilo trabalham para fortalecer o PT e os partidos aliados ao Abolição, elegendo a maioria dos 184 prefeitos. Nessa briga eleitoral de 2024, prévia da sucessão estadual de 2026, a dúvida é o PDT. Cid se recusa a deixar o partido, para se filiar ao PSB. Entretanto, quem controla o PDT no Ceará é Ciro Gomes, que fica calado até abril, quando assumirá seu discurso de oposição ao Governo Elmano e ao presidente Lula. É inacreditável, mas hoje os irmãos Ciro e Cid Gomes se transformaram em inimigos políticos. Estão sem se falar desde outubro de 2022. Ciro não perdoa a traição de Cid. E acusa Camilo de tê-lo derrotado até no Ceará, nas eleições presidenciais. Também odeia Camilo. E é recíproco.

Destino partidário do prefeito Glêdson incerto

A vontade do prefeito Glêdson Bezerra é deixar o Podemos, após a saída do senador Eduardo Girão para o NOVO. Glêdson não simpatiza com a ideia de se filiar ao NOVO. Até admite, apesar de não ser sua prioridade ficar no Podemos, que está em processo avançado de fazer uma federação com PSDB e Cidadania. Glêdson tenta uma agenda com o ex-senador Tasso Jereissati para discutir política e sua reeleição. Contudo, a preferência do prefeito Glêdson é trocar o Podemos por uma legenda que assegure um bom tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão. Aí surgem duas opções: o União Brasil e o PP. Ambos seriam do agrado do prefeito de Juazeiro do Norte. Com o PP, as conversas podem avançar rapidamente. Mesmo cenário do União Brasil, onde o presidente regional, Capitão Wagner, assegurou o partido para Glêdson concorrer à reeleição. Glêdson não irá tomar uma decisão logo. E tem uma explicação: estão adiantadas as negociações para uma federação entre União Brasil e PP. Tanto deputado Luciano Bivar e senador Ciro Nogueira são favoráveis, e como presidentes nacionais do UB e do PP, esperam confirmar essa aliança partidária já no mês de março. Essa nova sigla nascerá como a maior do Senado e da Câmara dos Deputados. Além de ser da base do Governo Lula. O UB tem três ministérios: Turismo, Comunicações e Integração Nacional. Glêdson avalia o melhor caminho partidário a assumir para disputar um novo mandato de prefeito de Juazeiro do Norte.

Íris Tavares assume pré-candidatura a prefeita
 

A ex-deputada estadual Íris Tavares é pré-candidata a prefeita de Juazeiro do Norte. Pelo menos é o que assumiu, quando questionada em grupo de WhatsApp, se era candidata a prefeita. Nas suas palavras: “Faço parte de um coletivo chamado Raízes Populares e nós defendemos a tese de candidatura própria do PT. PT lá e PT cá. A nossa tese foi a vencedora na disputa do Governo do Estado. No coletivo, defendemos a candidatura de uma mulher e me coloco à disposição dessa construção”. A tese de Íris descarta qualquer possibilidade de candidatura do deputado Fernando Santana, hoje em discussão dentro do PT, e desbanca o comando do ex-prefeito Manoel Santana no PT juazeirense. Íris, que estava sumida, acredita que Juazeiro esqueceu do escândalo da rachadinha que implodiu seu mandato de deputada estadual e sua carreira política.
 
Íris veio disposta a acabar com Giovanni Sampaio
 
No mesmo grupo de WhatsApp, Íris Tavares foi motivada a lembrar o que aconteceu em 2000, quando foi candidata a prefeita derrotada por Carlos Cruz e teve Elmano de Freitas, atual governador, como assessor jurídico. Elmano teria ido socorrer mototaxistas decididos pela sua candidatura e que estavam sendo acuados por Giovanni Sampaio, que era deputado estadual. Iris tenta colocar uma briga entre Elmano e Giovanni. Isso é passado, Íris. Se renove. Elmano é, hoje, governador do Ceará. O ressentimento de Íris contra Giovanni tem explicação: quando se tornou deputada, em 2002, Giovanni motivou as denúncias de que no seu mandato havia rachadinha. A denúncia acabou com as possibilidades de reeleição e levou Íris ao seu fim político. Agora, do nada, Íris acorda e crê que voltará a ter prestígio. Sem chance.
 
Câmara de Juazeiro sofre desgaste com desaprovação
 
A presidente Yanny Brena, atendendo a solicitação da população e do Poder Executivo, levou ao Plenário do Legislativo, alguns projetos estacionados nas comissões. Yanny colocou 10 proposições na sessão da quinta-feira e nove foram aprovados. Mas o único desaprovado está causando um verdadeiro tsunami na Casa. O projeto do Poder Executivo pedia autorização para conceder ao Sisar, ligado ao Governo do Estado, a gestão do programa “Águas do Sertão” nos sítios Espinho e São Gonçalo. As comunidades foram selecionadas e contavam com a expectativa de aprovação, que não veio. Ninguém entendeu esse comportamento dos vereadores. A explicação mais provável é que a oposição articulou um boicote a um possível ganho político do prefeito Glêdson Bezerra. Esqueceram que o projeto é do Governo do Estado, através do projeto “São José 4”. A avaliação equivocada causou um grande desgaste para o Legislativo. Presidente Yanny Brena teria avisado do erro que estava sendo cometido.
 
Padre Paulo e Capitão Vieira são os mais hostilizados
 
Na crise que assola a Câmara de Juazeiro do Norte, com rejeição ao projeto que levava água a comunidades carentes, a população juazeirense já elegeu seus vilões: os vereadores Capitão Vieira Neto e Padre Paulo, esse último ex-aliado do prefeito Glêdson Bezerra. Vieira, líder da oposição, puxou o voto contra o projeto, influenciando os demais opositores. A liderança de Vieira ficou clara no voto de Adauto Araújo, que justificou a atitude no apoio aos demais colegas de oposição. Mas, a decepção do povo teve seu ápice com o voto contrário do vereador Padre Paulo. Ficou a sensação de traição por ele conhecer as dificuldades das comunidades. Essa revolta de Padre Paulo tem uma explicação: demissões de três indicados dele dos quadros da Prefeitura. Vieira e Padre Paulo foram às redes sociais tentar se explicar, mas não surtiu o efeito desejado. Continuam sob fortes críticas.
 
Disse me disse:
 
Na Câmara de Juazeiro, o vereador Padre Paulo parece ter aprendido rápido os caminhos da política a moda antiga. De cara, traiu o prefeito Glêdson Bezerra.
 
Agora, votou contra o projeto que levaria água à zona rural e tem travado uma guerra com o vereador Cicinho Cabeleireiro pelo controle do PSD.
 
Iris Tavares virou profeta: diz que vai assumir o controle do PT de Juazeiro. Para tomar o partido das mãos de Manoel Santana, blefa dizendo ter a caneta do governo do Estado na mão. E promete cargos.

Já temendo a ascensão da sua adversária histórica, o vice-prefeito Giovanni Sampaio saiu em defesa do ex-prefeito Manoel Santana, que mantém o controle do PT. Giovanni tem interesse no apoio dos petistas a sua tese para 2024. Quer Fernando Santana prefeito.

Governo Elmano tem uma base de apoio de 37 deputados estaduais. Do PDT, só três não são aliados: Queiroz Filho, Antonio Henrique e Cláudio Pinho.

Desculpe a ignorância, o vereador Padre Paulo não tem medo de ir parar no inferno, ao aderir ao modelo é dando que se recebe da velha política?

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