Quase 12 mil caririenses moram em 40 áreas de “Risco alto” ou “Risco muito alto” para desastres naturais, como deslizamentos de terras, enchentes e inundações. Os dados foram coletados pelo Jornal do Cariri, junto ao Serviço Geológico do Brasil, do Ministério de Minas e Energias. A maioria das pessoas nesta condição está em Crato, totalizando 5.808 habitantes em cinco áreas de nível “Alto” e quatro de risco “Muito alto”.  

No município cratense, há risco de deslizamento de terras na Encosta do Seminário, na Encosta do Alto da Penha, e na Escadaria do Pequizeiro, além da “corrida de massa” no Rio Granjeiro. As outras áreas de risco envolvem deslizamento de terras, enchentes e inundação nos bairros Vila Lobo e Granjeiro. 

Lavras da Mangabeira é a cidade caririense com a maior quantidade de áreas arriscadas para se viver: 13 áreas no nível de risco Alto e sete de muito risco, o grau mais elevado. Na cidade mais populosa da região, Juazeiro do Norte, 1.500 moradores residem em setores de Risco Alto nos bairros Lagoa Seca, Timbaúba, Pirajá, Romeirão e Jardim Gonzaga, que correm risco de inundação.  

Diretor da Defesa Civil juazeirense, Antônio Sousa diz que as áreas citadas são visitadas desde 2018, assim como moradias localizadas próximas às redes de alta tensão elétrica. “Oferecemos moradias em condomínios do ‘Minha casa, Minha Vida’ sem sorteios para retirar familiares dessas áreas de risco. Atualmente, a Prefeitura tenta melhorar as áreas de alagamento com projetos de macrodrenagem. Temos todas as áreas mapeadas”, garante