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Glêdson atribui estouro e demissões à reajustes e concurso
Prefeito ressalta queda na folha, em comparação à gestão passada
Imagem: Reprodução/ Instagram
Jornal do Cariri
06/12/22 0:00

Diante das muitas críticas realizadas por vereadores de oposição na Câmara de Juazeiro do Norte, o prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) fez um desafio: quer que os parlamentares comparem os dois anos da sua administração com os quatros das últimas gestões do Município.

Na sessão do dia 1º, o vereador Capitão Vieira Neto (PTB), líder da oposição, destacou os gastos da gestão municipal com a folha de pagamento, que segundo ele, estão descontrolados e têm causado demissões em massa. O vereador observa que o Município atingiu o limite dos 54% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e que pode levar o gestor a responder por improbidade administrativa.

Glêdson disse que a folha é uma ótima maneira de fazer comparações e citou que, na gestão passada, a folha chegou a 63% e o então prefeito não respondeu por improbidade porque o Município estava sob decreto emergencial. O atual prefeito observou que na gestão anterior, o Município tinha mais de 4 mil contratados, o que levou ao estouro da folha, e que agora os contratados não passam de 1.600.

Para Glêdson, a explosão na folha se dá, entre outros, pelos reajustes salariais, e o ingresso de mais de 1.500 concursados na estrutura da Prefeitura, que representa o dobro dos gastos. “Outra coisa que precisa ser levada em consideração é que nós colocamos R$ 15 milhões a mais na Previdência do Município, a título de suplementação. E isso se computa como folha. Apesar de não ir pra o bolso do trabalhador, é computado como folha. Além disso, houve queda na arrecadação própria, que chega a 40% nos últimos meses.

O prefeito destaca, ainda, que o estouro da folha pode deixar o Município inadimplente, como ele recebeu da gestão anterior. De acordo Glêdson, estão sendo adotadas medidas que a própria Lei de Responsabilidade Fiscal exige. Alguns contratos estão se encerrando e só vão voltar a partir de janeiro. “Se estouramos o limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, nós vamos perder regularidade, deixando de receber recursos voluntários, de contrair empréstimo, e isso traz uma série de prejuízos para a municipalidade”, explicou.

Desafio a vereadores. Glêdson disse propor comparação para mostrar os avanços de Juazeiro na sua gestão e citou indicadores como investimento em saúde e educação, destacados pela revista IstoÉ, onde o Município aparece entre os 40 melhores do país, e o 1° lugar no indicador Gestão, reconhecido pelo Instituto Brasileiro de Gestão por Resultados (IBGR).

Capitão Vieira avaliou as afirmativas como “soberba”, argumentando que o prefeito precisa andar em Juazeiro, nos mesmos lugares que os vereadores, citando a situação da Central de Marcação como exemplo de má gestão na saúde.A queda de braço acabouenvolvendo o secretariado de Glêdson nas redes sociais. A secretária de Saúde, Francimones Rolim, anunciou a descentralização. Segundo a gestora, foi iniciado o processo de marcação nos postos de saúde. Os primeiros a receber o sistema informatizado foram os postos do Franciscanos, Campo Alegre, Santo Antônio e Salesianos.

Francimones disse que foram necessários a aquisição de um sistema de informática, a compra de 400 computadores e a instalação de internet em todos os equipamentos. A secretária disse que entende e respeita o papel da oposição, mas que o trabalho é feito para o benefício e conforto da população.

Ainda na sessão, Vieira relacionou a precariedade da infraestrutura da cidade em época de chuvas, além da falta de fardamentos e merenda na educação. Nas redes sociais, a secretária de Educação, Pergentina Jardim, relacionou ações da Educação e negou a falta de merenda escolar.

Pergentina destacou que, em apenas dois anos, a gestão construiu quatro escolas e reformou outras 43; reformou 20 quadras e se prepara para entregar o Complexo Operacional da Educação, com 7.000m² de área construída, que abrigará um centro administrativo para o transporte escolar, depósito da alimentação escolar e almoxarifado central. Tudo parte das ações do Programa Educa Juazeiro.

A discussão deve ir parar na Justiça. Capitão Vieira tem reclamado das constantes ameaças de processos a vereadores, por parte do prefeito Glêdson. O prefeito confirma as ações e disse que elas têm o papel de garantir a verdade dos fatos e o respeito a sua pessoa.

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