Os últimos meses do ano são conhecidos pelos caririenses pela alta temperatura. Junto a isso, a baixa umidade do ar é outro fator que preocupa, já que pode provocar até infecções. De acordo com a Fundação Cearense de Meterologia  e Recursos Hídricos (Funceme), a tendência para terça (11) e quarta-fei- ra (12) é que os valores mínimos de umidade relativa do ar no Cariri fiquem em torno de 15% e 30%.

Em todo Ceará, segundo Lucas Fumagalli, meteorologista e pesquisador da Funceme, a umidade relativa do ar é mais baixa principalmente entre os meses de agosto e outubro, quando o estado encontra-se em seu período seco. “Em geral, no interior do Ceará, nas macrorregiões do Sertão Central e Inhamuns, Jaguaribana e Cariri, é comum se observar valores entre 20 e 30% durante as tardes do período seco, eventualmente alcançando valores extremos em torno de 15%”, relata. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana.

Como explica o meteorologista, a Funceme emite alertas de umidade relativa do ar, sobretudo quando os valores encontram-se abaixo de 20% – a OMS orienta que, numa situação de umidade relativa do ar abaixo de 30%, alguns cuidados devem ser tomados, tais como: evitar exercícios físicos ao ar livre nos períodos mais quentes do dia, que em geral são os mais secos; umidificar o ambiente;  permanecer em locais protegidos do sol; e  consumir muita água.

“A baixa umidade relativa do ar pode causar complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento da garganta; pode causar sangramento pelo nariz;  ressecamento da pele; irritação dos olhos; sensação de mal estar; dor de cabeça; cansaço, entre outros”, cita Lucas, ao acrescentar que, na natureza, a baixa umidade relativa do ar favorece o aumento do risco de incêndios em pastagens e florestas, uma vez que contribui para o aumento da evaporação do vapor d'água presente no ar.