Pico da pandemia em Juazeiro deve acontecer entre agosto e setembro
Próximos dois meses de enfrentamento ao novo coronavírus prometem ser os mais difíceis
Madson Vagner
21/07/20 0:00

Um estudo estatístico realizado pelo grupo de pesquisa e desenvolvimento em Modelagem Estatística, Simulação e Otimização de Risco (Mesor), da Universidade Federal do Cariri (UFCA), faz uma previsão preocupante sobre o avanço do novo coronavírus (covid-19) em Juazeiro do Norte. Conforme o estudo, o pico da pandemia acontecerá entre os dias 28 de agosto e 29 de setembro. A informação é do prefeito de Juazeiro, Arnon Bezerra, que se mostra preocupado com a evolução dos casos no Município. Segundo o gestor municipal, no pico da pandemia, o contágio pode ultrapassar os 2,5 mil casos ao dia. O descumprimento das medidas de isolamento social e das regras de distanciamento motiva a alta contaminação na região do Cariri.

O prefeito Arnon Bezerra (PTB) avalia a situação como gravíssima. Para Arnon, a população está resistente ao isolamento e isso pode causar um colapso do sistema de saúde, levando a uma alta, sem precedentes, no número de óbitos na cidade. Entre as ações preventivas, Arnon aponta a ampliação da testagem e a antecipação do tratamento em casos sintomáticos. Sobre o uso da Ivermectina como protocolo de prevenção, o prefeito diz que espera a conclusão dos estudos que estão sendo feitos pela Secretaria de Saúde.

A secretária de Saúde, Glauciane Torres, disse que a rede municipal está preparada, “dentro de um perfil a que se propõe”, mas que é preciso reforçar, com mais contundência, a importância das medidas de isolamento. “Pedimos que a população se una a nós nessa batalha”, ressaltou. Glauciane destaca a importância das pessoas procurarem uma unidade de saúde já nos primeiros sintomas para iniciar o tratamento.

O Mesor é coordenado pelo professor Paulo Renato Firmino e, desde abril, vem se destacando na comunidade científica ao desenvolver uma ferramenta de modelagem e previsão de incidência da covid-19 em quase 200 países. De forma geral, Paulo Renato explica - na página do grupo na internet - que os pesquisadores levam em consideração a trajetória esperada de uma pandemia. Para o coordenador, o esperado de uma pandemia é que a trajetória de incidência se desenvolva em três fases: um aumento exponencial, um platô e um decaimento até atingir zero. Pela amostragem estatística, Juazeiro ainda estaria na primeira fase.

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