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Médica vê com ressalvas a flexibilização do uso de máscaras no Cariri
Uso de máscara deixa de ser obrigatório em locais abertos
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Robson Roque
22/03/22 8:00

O Governo do Ceará desobrigou o uso de máscara em locais abertos, assim como seis capitais e 15 estados já fizeram, ao relaxar a exigência do equipamento facial para proteção contra o coronavírus. O anúncio foi feito na sexta-feira (18), pelo governador Camilo Santana, após reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia. O item foi uma das primeiras medidas tomadas em março de 2020, quando o primeiro caso de covid-19 foi registrado no país e pouco se sabia sobre a doença. “Decidimos desobrigar o uso de máscara em espaços abertos, ao ar livre, a partir da próxima segunda-feira (20). Lembrando que recomenda-se, ainda, o uso para pessoas com o sistema imunológico mais frágil. Se tem uma comorbidade, é importante manter a máscara por segurança”, disse o governador.

Durante o anúncio, o governador Camilo Santana destacou algumas medidas de relaxamento que já havia anunciado em conformidade com a redução dos indicadores da pandemia no Estado. Por outro lado, ele afirmou que o uso continua obrigatório em locais fechados. “Vamos avaliar ao longo das próximas semanas”, disse Camilo, que também enfatizou a necessidade da imunização, alertando que apenas 49% da população cearense completou o calendário de vacinação. “Lembramos a importância da dose de reforço, a terceira dose, principalmente para os idosos, mas todos são importantes tomar a terceira dose, para garantir a imunidade de enfrentamento ao vírus”.

No caso do Ceará, o uso de máscara se tornou uma exigência em 5 de maio de 2020. Dois anos depois, setores como o econômico, o turístico e o político pressionam para que o uso de máscara passe a ser opcional. "Nossa solicitação é pela flexibilização. Quem quiser continuar usando, tudo bem, mas queremos o fim do uso obrigatório”, diz o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no Ceará, Taiene Righetto.
Consultada pelo Jornal do Cariri, a médica pediatra e pneumologista Kaline Cristh vê com ressalvas a flexibilização do uso de máscaras no Cariri.

A médica ressalta que a demanda pelo abrandamento das medidas de proteção contra a covid-19 acompanha o avançar da vacinação. Com isso, aglomerações em locais abertos são cada vez mais comuns a cada dia e tirar a máscara é a solicitação da vez. “Mas será que é o momento realmente da gente deixar de usar as máscaras em ambientes fechados, principalmente?”, questiona a médica. “Minha opinião é que aqueles que já tomaram a terceira dose da vacina contra a covid, sim, podem se sentir um pouco mais seguros para poder frequentar ambientes abertos sem máscara”, opina a médica.

Contudo, Kaline Cristh destaca grupos de pessoas que deveriam continuar com esta medida de proteção específica. Entre elas, estão as pessoas que ainda não se vacinaram ou que não completaram o calendário vacinal, inclusive com doses de reforço. Para estas pessoas, diz a médica, o risco de se contaminar ainda é grande. “O vírus, como sabemos, pode se comportar de uma forma leve, como pode agir de uma forma grave e, infelizmente, ainda não temos todos os dados que digam que eu ou você vamos passar por uma infecção leve, ainda que você tomada a terceira dose”, argumenta Kaline.

Outras medidas de prevenção, sobretudo o uso de álcool e a higienização, devem permanecer na agenda de cuidados dos caririenses, de acordo com a profissional. Ela ressalta que limpar as compras antes de guardá-las deveria ser uma medida de higiene tomada independentemente da pandemia, visto que protege tanto contra o coronavírus como de outros vírus e bactérias. “São medidas de cuidado para que possamos respirar tranquilos e pôr um fim a essa pandemia que tantas vidas ceifou e que tanto modificou a nossa vida e nosso cotidiano nos últimos dois anos. Em breve, vamos poder sair respirando tranquilamente, sem uso de máscara e poder voltar a dar aquele velho abraço, né? Que é característica do povo brasileiro. A pandemia ainda não chegou ao fim, mas está perto graças a Deus”, conclui a médica.

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