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Janeiro Branco traz um alerta para a saúde mental
Psicólogos e psiquiatras estão na linha de frente da campanha
Foto: Pixabay
GENEUZA MUNIZ
12/01/22 11:00

O Janeiro Branco é uma campanha brasileira iniciada em 2014, que busca chamar a atenção para o tema da saúde mental na vida da população. O mês foi escolhido porque é neste período que as pessoas estão mais focadas em resoluções e metas para o novo ano que se inicia. Os médicos psiquiatras e os psicólogos são os profissionais que estão na linha de frente dessa campanha e dos tratamentos.

Além do planejamento anual da nossa vida financeira, viagens de férias e estudos, é importante iniciar o ano com a saúde mental em dia. É o que alerta a psicóloga Jamille Oliveira. Ela destaca que a depressão e a ansiedade são os mais conhecidos, porém existem diversos outros transtornos associados a doenças mentais. “Nós temos transtornos de personalidade, transtorno de desenvolvimento, transtornos cognitivos e, para além desses transtornos, ainda existe o adoecimento e sofrimento mental, que não necessariamente é algo patológico, mas está ligado ao não cuidado da saúde mental e não evoluiu ainda para algo mais grave”, esclarece.

A Psicóloga pontua que ainda existem muitos estigmas que inviabilizam o tratamento. “Muitas pessoas associam o cuidado com a saúde mental como algo ruim, algo à parte da sociedade”. Mente e corpo está interligado, muitos sintomas físicos são sinais de que sua mente não vai bem. “As pessoas não devem ter medo de serem medicadas, desde que essa medicação seja prescrita por um profissional com qualificação adequada”.

José André, que é psicólogo do Hospital Santo Antônio em Barbalha, faz um alerta sobre os sinais que devem ser observados. O momento de procurar um profissional “é quando se notar o que chamamos de dessubjetivação, ou seja, a pessoa começa a perder sua identidade ou tem mudanças bruscas e repentinas na forma de ser e se relacionar, o que causa um estranhamento dela mesma ou das pessoas em seu redor. Outros sinais podem ser observados como: retraimento no comportamento, embotamento afetivo, tristeza duradoura ou profunda, agitação e euforia repentinas”, apontou o profissional.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, cerca de 12 milhões de pessoas sofrem de depressão e cerca de 20 milhões possuem sintomas de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, fobias, estresse pós-traumático e até mesmo ataques de pânico. A pandemia de covid-19 impulsionou o aumento desses números. A exaustão diante do acúmulo de funções e o isolamento social foi um fator determinante.

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