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Glêdson reclama de leis herdadas da gestão anterior
Robson Roque
04/01/22 14:00

Em meio a uma queda de braço com o Sindicato dos Servidores Municipais, o prefeito de Juazeiro do Norte reclama de uma série de leis aprovadas pela Câmara Municipal, no apagar das luzes da gestão passada, para serem cumpridas pela administração atual. Segundo Glêdson, elas têm causado impactos na administração financeira do Município, com a perspectiva de que greves aconteçam em 2022. As propostas foram criadas por vereadores que hoje integram o bloco de oposição à gestão juazeirense.

Duas das leis tratam sobre a redução de carga horária trabalhista para enfermeiros e psicólogos. Glêdson ressaltou que os projetos de leis foram aprovados em 28 de dezembro de 2020, ou seja, apenas três dias antes da gestão Arnon Bezerra encerrar. Além disso, as iniciativas não apresentaram a devida previsão orçamentária. “Uma verdadeira covardia que fizeram. Não pela questão das 30 horas, que, inclusive, sou um entusiasta. Agora, precisa dizer de onde vem o dinheiro para financiar isso”, argumenta o prefeito.

Ainda sobre a diminuição da jornada de trabalho para determinadas categorias de servidores, o gestor enfatizou que não resta alternativa ao novo governo, senão contratar outros profissionais para suprir as ausências. “Porque, ao se fazer uma redução de jornada, tem que completar com outros profissionais e tem que dizer de onde vem o dinheiro”, disse. Glêdson listou outras leis aprovadas ao final da legislatura anterior.

Além das já citadas, ele destacou o aumento do valor pago por trabalho insalubre aos vigilantes e redução da jornada de trabalho para que servidores possam acompanhar familiares em tratamento de saúde. “Fizeram um monte de leis e disseram: ‘toma, resolva’. Coisa que não foi feita em quatro anos e disseram: ‘toma aí para você se virar’. Isso é uma irresponsabilidade”, considerou.

Greve em Juazeiro

O Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte anunciou o início da greve dos profissionais da saúde nesta segunda- -feira (03). Os profissionais se queixam da falta de diálogo com a gestão municipal e atendimento parcial das demandas apresentadas. Sobre a greve, Glêdson afirmou que ela perde o efeito e, com isso, não deveria ser realizada, já que a Justiça obrigou o Município de Juazeiro do Norte a atender uma das solicitações do sindicato.

“Por conta de uma determinação judicial, nós vamos ter que cumprir essa jornada de 30 horas. De onde vai vir o dinheiro? Paciência! Existe uma ordem da Justiça por conta de uma lei aprovada em 28 de dezembro de 2020. Três dias depois acabou o governo. Então, esse não seria o motivo para a greve, porque vamos ter que cumprir o que a Justiça determinou”, conclui Glêdson.

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