Polícia descobriu 33 mulheres em cárcere privado após bilhete
Um homem foi preso por manter 33 mulheres encarceradas
Foto: Divulgação
Robson Roque
12/08/21 16:00

Titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Crato, a delegada Kamila Brito afirma que um bilhete foi o estopim para o início das investigações que resultaram na descoberta de 33 mulheres vivendo em cárcere privado sob condições subhumanas.

"Chegou, há uma semana, uma mulher na Delegacia dizendo que a irmã dela estava em uma casa de saúde aqui no bairro Mirandão, no Crato, e que essa irmã tinha conseguido chegar até ela com um bilhete", conta.

Segundo a delegada, Fábio Luan, suspeito de manter as mulheres no local, levou uma das mulheres para uma consulta médica em um Centro de Atendimento Psicossocial. Lá, ela pediu para ver a irmã no Centro do Crato, momento em que a entregou um bilhete. "Ela dizia 'me tire daqui, socorro, estou sofrendo abuso sexual da pessoa de Fábio, diretor da clínica'", detalha a delegada Kamila Brito.

A delegada ainda disse ficar chocada com o que viu no local. "O lugar não tinha qualquer condição física de estar com aquelas 33 mulheres ali. Eram quartinhos minúsculos, parecidos com celas. E elas ficavam trancadas, de cadeado. O local era fétido, tinha mau cheiro, não tinha ventilação, havia restos de comidas, cinco cachorros de médio porte, porcos. Então, realmente uma situação lastimável, que deixou a equipe consternada", detalha.

Com informações dos jornalistas Messias Borges e Antonio Rodrigues, nesta matéria do Diário do Nordeste.

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