A segunda eleição suplementar já realizada em Missão Velha terminou com vitória de Dr. Lorim (PDT) sobre Fitinha (PT), com uma diferença de 1.291 votos: ele recebeu 11.994 (52,8%) votos válidos e ela 10.703 (47,16%). Com a vitória neste domingo (1º), o Partido Democrático Trabalhista (PDT) ampliou o número de municípios que comanda no Cariri, passando para 11 prefeituras: Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Barbalha, Brejo Santo, Campos Sales, Caririaçu, Farias Brito, Milagres, Tarrafas e, agora, Missão Velha.

“O PDT é um partido importante, forte, aliado do governo, partido que vem crescendo cada vez mais”, comentou Lorim. “O povo viu quem era o melhor para Missão Velha. Desde a outra eleição, o povo queria Dr. Lorim. Mas enganaram demais o povo e o povo deu a resposta”, acrescentou.

Em uma coletiva à imprensa, após o resultado neste domingo (1º), o novo prefeito foi questionado sobre quais serão as ações e áreas prioritárias do novo governo. “Nossa maior prioridade é a saúde de Missão Velha, que tem nessa área um grande gargalo. Começando das áreas básicas, voltando a funcionar os postos de saúde com médico, dentista, enfermeiros. Vamos dar prioridade e incentivar para que a vacina chegue para todos”, comentou.

O candidato eleito revelou que uma das primeiras medidas que tomará quando assumir a Prefeitura será a mudança de referência em serviços de saúde, passando de Brejo Santo para Barbalha. Ele qualifica os atendimentos, até então realizados na primeira cidade, como de “distância maior e qualidade menor”.

A campanha atípica em Missão Velha reuniu lideranças políticas em todos os níveis: de vereadores locais, passando por deputados estaduais e chegando até os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), que apoiou Lorim, e Lula (PT), que esteve ao lado de Fitinha. Entre as lideranças políticas estaduais que se mobilizaram, destacam-se o presidente do PSD no Ceará, Domingos Filho, e os deputados estaduais Osmar Baquit (PDT), que apoiou o candidato eleito, e Guilherme Landim, que mesmo sendo do PDT, apoiou Fitinha. “

A eleição era municipal. Muitos dos nossos apoiadores votavam em Lula, mas diziam: ‘me desculpe, Lula, mas aqui em Missão Velha é 12, é Dr. Lorim’. E nós precisamos mostrar que o que importa é aqui, para Missão Velha, que precisava mudar”, disse.

Dr. Lorim também comentou se será aliado ou opositor ao governador petista Camilo Santana. “O que vier de bem para MIssão Velha, estamos em parceria. Se o governador quiser ajudar Missão Velha, estou junto dele. Se o governador quiser atrapalhar Missão Velha, não conto com ele. Buscarei o governador toda hora que eu precisar, e tenho a certeza que, pelo bem de Missão Velha, ele não vai fechar a porta para nós nenhuma vez, porque Missão Velha sempre retribuiu ao governador”, argumentou.

Comemorações

Além de Missão Velha, também foram realizadas eleições suplementares em Pedra Branca e Martinópole. Nas três cidades, as comemorações dos eleitos ocorreram com aglomerações em meio à pandemia de covid-19, quando dezenas de apoiadores saíram às ruas, a maioria sem máscara. No caso de Missão Velha, Dr. Lorim usou as redes sociais para convidar “cada missãovelhense para um momento de oração e agradecimento” na igreja matriz.

A diplomação dos prefeitos eleitos deve acontecer ainda nesta primeira metade de agosto. A Justiça Eleitoral analisa denúncias feitas durante a campanha, situação que tende a ampliar a instabilidade política no Município. “Tudo está sendo apurado”, explica o juiz eleitoral Djalma Dantas. “As representações foram formalizadas pelos interessados e a Justiça Eleitoral vem dando andamento a todos esses procedimentos. Não podemos adiantar posições jurídicas. Essas representações ainda estão muito no nascedouro, ainda serão instruídas e, só então, haverá uma decisão da Justiça. Nesse momento, qualquer tipo de previsão seria precipitada”.