Idab vira escândalo de corrupção em Juazeiro do Norte
Idab é alvo de denúncias na gestão de hospital e UPA
Foto: Diário do Nordeste
18/05/21 0:00

À frente do gerenciamento do Hospital São Lucas e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Limoeiro, em Juazeiro do Norte, o Instituto Diva Alves do Brasil (Idab) está imerso numa série de denúncias de corrupção na gestão de unidades de pronto-atendimentos e hospitais do Rio de Janeiro e do município caririense. Junto a outras Organizações Sociais, o instituto é investigado no estado fluminense por participar de esquema milionário envolvendo recursos da pandemia de covid-19. O esquema de corrupção cassou o diploma do governador do Rio, Wilson Witzel. O instituto também foi acusado, em delação premiada do ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, de empregar funcionários indicados por parlamentares.

Em Juazeiro, a OS assumiu os dois equipamentos de saúde em fevereiro de 2021, no lugar da Aceni, após chamamento público da Prefeitura Municipal. Com um contrato no valor de R$ 38,2 milhões, a OS também é alvo de denúncias de corrupção no município caririense. O instituto é acusado de superfaturar a compra de medicamentos e de burlar a prestação de contas, com omissão de notas fiscais.

Segundo denúncia, o remédio Dipirona Sódica foi comprado a R$ 0,54 (cinquenta e quatro centavos) em 16 de março e, dois dias depois, adquirido por R$ 1,50 (um real e cinquenta centavos), perfazendo aumento de 177%. O mesmo aconteceu com a Dexametasona, comprada a R$ 0,59 num dia e, dois dias depois, a R$ 3,52. Outros medicamentos, utensílios e equipamentos de proteção individual também constam nas notas fiscais apresentadas na Câmara Municipal de Juazeiro.

Ainda conforme as denúncias sobre a gestão da Idab em Juazeiro, na prestação de contas da folha de pagamentos do Hospital e Maternidade São Lucas, estão contidos pagamentos de R$ 44 mil e R$ 14 mil a projetos sociais de funcionários da organização social em Maceió (AL). De acordo com acusação feita na sessão da última semana, na Câmara Municipal, o Idab manobrou para que o gerente administrativo da OS recebesse salário de R$ 16 mil em detrimento dos R$ 8 mil previstos. Outra acusação é que a esposa do gerente administrativo ocupa cargo com remuneração de R$ 12 mil. A Câmara convocou o servidor responsável pela fiscalização do contrato na Prefeitura, para prestar esclarecimentos.

Recentemente, representantes da empresa foram acusados de coagir servidores do Hospital São Lucas e da UPA. As queixas foram encaminhadas aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, além da Polícia Federal, e encaminhadas ao Gabinete do prefeito.

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