Oficinas de mangá atraem desenhistas e amadores
Encontros acontecem através das plataformas virtuais
Foto: Francisco Luiz
Joaquim Júnior
18/04/21 9:30

Semanalmente, estão acontecendo aulas de oficina de desenho estilo mangá - nome dado às histórias em quadrinhos de origem japonesa. Com traços característicos, este tipo de desenho atrai cada vez mais pessoas, seja pela peculiaridade que os traços possuem, seja pelas possibilidades que ele apresenta. As oficinas são idealizadas pelo setor de Cultura do Sesc Juazeiro e integram programação do Tudo em Casa Fecomércio. A classificação da oficina é livre e o público de qualquer faixa etária pode participar, com ou sem experiência no desenho.

Francisco Luiz, professor de Artes Visuais que ministra a oficina de mangá, conta que esta é a segunda vez que ela acontece. A primeira foi um sucesso, com mais de 40 inscrições e, na atual, não foi diferente. “O público amante do Mangá só cresce a cada dia e reúne pessoas de todas as idades”, diz, ao dizer que “a oficina propõe aos participantes experimentarem este estilo de desenho, conhecendo-o desde os estilos mais simples e minimalistas aos mais complexos e cheios de detalhes, aprendendo técnicas e uso de ferramentas que auxiliam no desenvolvimento do próprio traço”.

As oficinas de modo remoto têm sido oferecidas desde o início da pandemia. A compreensão sobre a particularidade de cada aluno é tida pelo professor como essencial no processo. “Costumo dizer que quem sabe escrever, sabe desenhar! Quem sabe escrever o ‘O’, sabe fazer um círculo. Então, é tudo uma questão de direcionamentos do traçado das linhas para se chegar às formas ideais na criação de um desenho. E, claro, bastante treino para aperfeiçoar a técnica. A oficina oferece este incentivo aos amantes do desenho japonês”, pontua.

Alguns trabalhos desenvolvidos nas oficinas podem ser conferidos no perfil pessoal de Francisco Luiz, no Instagram (@cogumelodeluiz). A pretensão é fazer, ainda este ano, uma mostra virtual de trabalhos desenvolvidos. “A arte é uma ótima terapia para resistirmos bem ao que vem nos abalando. Desenhando, pintando um quadro, dançando, tocando uma música, a gente não se sente só. Você se entende, se acalma, se desliga dos pensamentos conflituosos. É terapêutico! Então, ressalto a importância de contarmos com a arte para nos estimular nesses tempos difíceis. Pois a arte salva e registra nossa existência”, conclui.

Cultura Sesc

A gerente da unidade do Sesc Juazeiro, Elane Lavor, conta que o Tudo em Casa Fecomércio teve início há exatamente um ano, artistas e público através das redes sociais. Desde então, já foram realizadas ações que abarcam todo o leque de ações dos programas desenvolvidos no Sesc Juazeiro, que atende 15 municípios da região. Em 2021, com a possibilidade de estabelecimentos como farmácias e supermercados de realizarem apresentações artísticas, de forma reduzida e obedecendo aos protocolos de segurança, o Sesc começou a mobilizar parceiros para levar os artistas até lá.

“O nosso papel hoje, como Sesc, como gestores de cultura, é exatamente inovar, é tentar, de uma forma, agregar ao que a nossa cultura tem de tão rica. Para o público caririense, isso está sendo um diferencial”, conta Elane. De maneira geral, ela pontua que a rede de desenvolvimento artística da instituição contempla oficinas desde desenho pintura e artesanato a circo, teatro e música. O feedback, desta forma, tem sido melhor até do que o esperado. “Tem sido uma aceitação muito boa. Acredito que é uma ida sem volta, essa questão do mundo digital. Já, já a gente vai, se Deus quiser, voltar às atividades presenciais, mas também continuar com essa nova ferramenta, que a gente pode chegar a lugares que nem imaginava”, finaliza a gerente.

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