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Dobradinha para empolgar Cariri
26/01/21 0:00

Os irmãos Ciro e Cid Gomes resolveram lançar a terceira geração dos Ferreira Gomes nas eleições ao Governo do Ceará em 2022. O ungido para essa missão é mesmo o prefeito de Sobral, Ivo Gomes, o caçula dos FGs. Ivo já está sendo preparado e deve deixar à prefeitura em abril do ano que vem. A vaga de vice está reservada para o ex-prefeito Roberto Cláudio. Contudo, há um impasse: o PSD, de Domingos Filho almeja a vaga. Os FGs querem contemplar o partido com a presidência da Assembleia. O PSD quer um espaço maior. Até, porque Ciro negocia uma aliança nacional com Gilberto Kassab, para o PSD apoiar a sua candidatura presidencial. Decidido Ivo governador, os FGs têm uma questão aberta: o futuro do governador Camilo Santana. O desejo dos FGs é que Camilo copie Cid e fique até o último dia de mandato. Ou seja, desista de ser senador. Hoje, Camilo é candidato ao Senado e é imbatível.

Proposta para Camilo ficar no cargo

Se Camilo jogar fora o mandato de senador e concluir seu mandato no Abolição, desistindo de disputar às eleições, ouvindo o canto da sereia dos FGs, a oligarquia assume o compromisso de nomeá-lo ministro de Estado. Existe uma interrogação: quem será o presidente da República em 2023. Por ora, o único candidato que está no segundo turno é inimigo dos FGs, o presidente Bolsonaro. E as chances de Ciro vencer hoje são mínimas. Assim, Camilo desiste do projeto de senador para dar um salto no escuro. E o mais grave: nem nessa situação, os FGs querem dar uma das vagas na chapa majoritária para Camilo, que objetiva prestigiar o Cariri. Há 13 meses para Camilo resolver sua vida política.

Senadores unidos contra impeachment

Dos três senadores do Ceará, dois fecharam contra o impeachment do presidente Bolsonaro. São eles: Cid Gomes e Eduardo Girão. O interessante é que se Ivo não emplacar, Cid o substitui como candidato ao Governo do Ceará. E hoje, quem será seu adversário: justo Eduardo Girão, que conta com o apoio do deputado federal Capitão Wagner para ser candidato a governador. A postura de Cid, de ser radicalmente contrário ao impeachment, desagrada ao seu irmão Ciro Gomes, que lidera um movimento nacional ao lado do PDT para derrubar Bolsonaro. Os irmãos Ciro e Cid Gomes estão aparentemente divididos. Na verdade, querem se dar bem. Cid, através do favorito para suceder Davi Alcolumbre na presidência do Senado, Rodrigo Pacheco, manterá o controle dos cargos federais no Estado.

Deputados federais desafiam FGs

O governador Camilo Santana recebeu o candidato à presidência da Câmara, Baleia Rossi, e se recusou a fazer o mesmo com o adversário dele, Artur Lira. Acolheu um apelo do senador Cid, que é inimigo pessoal de Artur. No entanto, a promessa de Cid a Baleia não será cumprida. Cid, ao lado de Camilo, prometeu 19 dos 22 votos. Foi arrogância de Cid. O quadro eleitoral atual revela que Artur Lira vence por 12 x 9 x 1 nas eleições do dia 1º de fevereiro na bancada cearense. Eis os votos: AJ Albuquerque, Capitão Wagner, Vaidon, Dr Jaziel, Pedro Bezerra, Genecias Noronha, Júnior Mano, Danilo Forte, André Figueiredo, Domingos Neto. Esses são 10 votos abertos. Os outros dois: Gorete Pereira, que negará a traição ao Abolição, mas ganhou cargo no Ministério do Desenvolvimento Regional quando voltar a ser suplente e o 12º voto pode ser duplo: aumentando a diferença para 13x8, pois Célio Studart não anunciou em quem votará.

Zé Ailton articula a paz no PT cratense

O prefeito do Crato, Zé Ailton Brasil, maior liderança do PT cratense, resolveu usar seu prestígio para amenizar o embate interno no partido. Dois dos três vereadores eleitos pelo partido ameaçavam um racha, caso não tivessem participação no Governo. O próprio Zé Ailton conversou e minimizou a situação. Alegou não poder mudar as secretarias, mas prometeu maior participação aos vereadores. Quem saiu enfraquecido no confronto foi o vereador Pedro Lobo, que não teve capacidade de resolver o impasse . Tinha garantido que as três secretarias destinadas ao partido seriam indicadas com a participação de todos. Zé Ailton participou de reunião do diretório municipal do partido, selando a paz interna. Os vereadores Lurdes de Carlim e Tancredo não participaram da reunião em protesto a Pedro Lobo. Vice-presidente do partido, a sindicalista Celiane fez duras críticas ao processo de escolhas que privilegiou Pedro Lobo.

Sindicato critica devolução da Câmara

A crise que se instalou na Câmara de Barbalha, depois que o presidente Odair Matos devolveu R$ 80 mil para o Poder Executivo, só aumenta. A oposição levantou dúvidas sobre a devolução e promete pedir ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Ceará uma auditoria nas contas dos dois últimos presidentes da Casa. A confusão cresce mais: o presidente do Sindicato dos Legislativos do Cariri (Sindilegis), Cícero Santos, criticou o dinheiro devolvido. Cícero avaliou, em uma postagem nas redes sociais, que a Câmara necessita de investimentos em vários setores e condenou a falta de uma política de valorização financeira para os servidores. Cícero é servidor da Câmara. A base governista alega que o sindicalista fez parte da administração Argemiro Sampaio. Desse modo, está apenas defendendo sua posição política. O embate tende a elevar a temperatura com o retorno às atividades no dia 1º de fevereiro.

Trégua entre Darlan e Glêdson

Depois de duas semanas de muita tensão entre o presidente da Câmara e o novo prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra, o clima esfriou. Esse esfriamento aconteceu graças ao recuo do presidente Darlan Lobo, que percebeu estar desenvolvendo uma estratégia errada. Darlan tinha decidido pela tática de atacar para negociar, mas não funcionou. Compreendeu ser cedo demais e Glêdson acabou saindo por cima. Até uma coletiva de imprensa anunciada apenas nos bastidores por Darlan, acabou sendo cancelada. Em meio às discussões, Darlan tem razão ao reclamar da falta de contato com o prefeito Glêdson Bezerra. O prefeito tem evitado atender o telefone e isso tem irritado muita gente. Glêdson justifica que tem muito trabalho a fazer e que esse momento logo passará. Mas, a classe política, incluindo os vereadores, está muito insatisfeita com essa postura do prefeito. Glêdson sustenta que tão logo coloque ordem na “herança maldita” recebida, dará atenção ao Legislativo, conversando.

Disse me disse...

A covid-19 continua fazendo vítimas entre as lideranças de Juazeiro. A cidade reza e torce pela recuperação do ex-prefeito Carlos Cruz.

A doença já levou o suplente de deputado federal Normando Sóracles e o ex-presidente da Câmara, Tarcísio Landim.

O engenheiro barbalhense Roberto Wagner foi eleito para mais um mandato no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará, o CREA.

Roberto Wagner ocupará, pela segunda vez, a cadeira 41 da autarquia federal. Roberto é ligado ao ex-senador Eunício Oliveira.

Em Barbalha, o prefeito Guilherme Saraiva terá dois deputados em Brasília. José Guimarães e André Figueiredo devem trabalhar pela gestão.

Em 2022, os dois terão apoio da administração. A divisão é simples: o PT do vice-prefeito Vevé vota em Guimarães e o PDT de Guilherme vota em André.

Agora, essa situação muda se o governador Camilo Santana resolver ter uma bancada própria em Brasília.

Nesse caso, o presidente da Assembleia, Fernando Santana, sobe: não concorrerá à reeleição e será candidato a deputado federal.

Essa decisão ainda demora a ser tomada: só em abril de 2022, quando Camilo define seu destino político.

Quem recebeu alta após passar 10 dias internado em Brasília foi o ex-senador Eunicio Oliveira.

Nada de Covid. Comeu um queijo estragado em uma de suas fazendas. Esteve à beira da morte, mas se recuperou.

Agora, sonha em recuperar seu mandato de senador no ano que vem. Quer se unir com a oposição.

Desculpe a ignorância, e aí, você está ao lado de Ciro ou de Cid Gomes em relação ao impeachment do presidente Bolsonaro?

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