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Açude Orós volta a sangrar após 14 anos
Cariri é beneficiado devido ao sistema integrado de reservatórios
Foto: Edson Freitas - Diário do Nordeste
Joaquim Júnior
29/04/25 0:00

Após 14 anos desde a última vez em que sangrou, o Açude Orós, localizado na Bacia do Alto Jaguaribe, volta a verter. A sangria, registrada no último sábado (26), após o Orós atingir a capacidade máxima e a barreira transbordar, foi comemorada pelos cearenses e ganhou repercussão nacional. O açude possui quase 2 bilhões de m³ de capacidade e é considerado um dos pilares da segurança hídrica estadual. Emídio Clebson, gerente regional da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) no Cariri, explica que, embora não exerça influência direta sobre a região do Cariri, o Açude Orós possui relação estratégica com o Açude Lima Campos, localizado no município de Icó e inserido na Bacia do Salgado, onde estão localizados os açudes caririenses.

Conforme afirmou, o sangramento contribui para diferentes pontos, como segurança hídrica e benefícios à agricultura e à pecuária. Desta forma, Emídio explica que o Cariri pode ser beneficiado devido ao aumento da estabilidade no sistema integrado de reservatórios, proporcionado pela acumulação no Açude Orós, o que permite uma gestão mais eficiente e flexível dos recursos hídricos.

O gerente conta que o aumento da estabilidade no sistema integrado de reservatórios, proporcionado pela acumulação no Açude Orós, permite uma gestão mais eficiente e flexível dos recursos hídricos. “Essa condição favorece diretamente a Bacia do Salgado, garantindo maior segurança e flexibilidade no atendimento das demandas locais, inclusive no que se refere aos múltiplos usos da água”, afirma o gerente da Cogerh. Em Icó, o Açude Lima Campos é alimentado por meio de um túnel que interliga os dois reservatórios, cuja operação depende diretamente do nível do Açude Orós.

O secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Fernando Santana, conta que, para a sangria, é necessária uma combinação de diferentes fatores, especialmente do volume de chuvas nas próximas semanas, nas áreas de contribuição da bacia. O secretário destacou que o sangramento do Açude Orós é um evento raro e bastante simbólico no Ceará. “A última vez que aconteceu foi em 2011. O Orós beneficia diretamente cidades do Centro-Sul e Sertão Central do Ceará, como Orós, Iguatu, Quixelô e até mesmo Fortaleza e a RMF”, relatou o secretário, ao dizer que isto é possível por meio da integração dos sistemas, garantindo mais estabilidade ao sistema hídrico e ao uso da água para múltiplos fins (abastecimento, irrigação, pecuária, indústria).

Fernando, inclusive, esteve no local neste domigo. “Que dia histórico estarmos vivendo hoje. O Orós sangrou após 14 anos! Que momento estamos vivenciando após dois meses que assumi a Secretaria dos Recursos Hídricos! Esta água que serve para o abastecimento humano, que serve para irrigação, produção, que gera emprego, gera renda. E o acumulado aqui, de 100% do reservatório do Orós, fez com que ele sangrasse, gerando emprego”, pontuou, ao mostrar que já no primeiro dia o local recebeu milhares de visitantes.

Em relação ao Cariri, ele destaca que a Bacia do Salgado se encontra com 64,6% de volume. “Uma situação confortável, que garante a segurança hídrica dos municípios”, menciona Fernando, ao dizer que, em paralelo, está a obra dos lotes 3 e 4 do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que vai beneficiar diretamente a região do Cariri quando prontos.

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